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O movimento Jesus Freak, inflamado pelo Espírito Santo quer virar de cabeça para baixo as religiões humanas criadas em torno da mensagem de Cristo. Sabemos que Jesus é muito foda, e que essa é a principal razão de tanta gente interesseira criar tantas religiões medíocres baseadas nele. Mas não é só porque a pessoa fala alto e veste um terno, ou um vestido preto, que a ela sabe o que está dizendo – ou pior ainda, que aquilo, que ela clama como se seus testículos ou ovários estivessem sendo quiemados pelo fogo infernal, se torne verdade. Nosso objetivo é resgatar a pureza do evangelho, por isso já revisamos as principais doutrinas que Cristo defendeu e esclareceu e que com os séculos se transformaram em fios de marionete que os sacerdotes usam para manipular as massas. Relembramos que a salvação é universal e obrigatória, mostramos que as escrituras são contra o dízimo. Trouxemos a Arte para dentro de casa e derrubamos os muros dos templos. Anarquizamos o culto, da mesma forma que Jesus anarquizou o Judaísmo. Estimulamos, além disso, que todos os pontos de fé passem pelo crivo individual de modo a não serem usados como ferramentas de controle mental pelos poderosos donos de igrejas, templos e canais de televisão. Destas ferramentas nenhuma até hoje foi tão problemática quando a figura do Diabo.
O Diabo me fez fazer isso!
O inimigo da virtude virou hoje o melhor amigo da igreja e de seus líderes. Ele tem sido usado ha séculos para assustar as pessoas e encher os bolsos do clero de dinheiro e os bancos dos templos de bundas assustadas. Se na Bíblia havia pessoas possuídas que precisavam de atenção, hoje a possessão se tornou uma atividade comercial. O show de possuídos acaba confundindo tanto os fiéis, que hoje muitos não sabem se procuram um dentista ou um pastor carismático cada vez que sentem dor ao mastigar. O diabo aparece em duas de cada três pregações e alguns templos dão tanto destaque para ele que literalmente o fazem subir no palco e falar no microfone, com direito a closes de câmera. Além disso, esta assustadora figura tem sido a desculpa preferida de 9 entre 10 hipócritas que não querem se responsabilizar por seus próprios atos desde a idade média.
Que o mal é real e existe não restam dúvidas, nem precisamos da bíblia nem da filosofia para sabermos disso. Basta ligar a televisão em qualquer noticiário ou ler o jornal – qualquer jornal. Corrupção, assaltos, assassinatos fazem parte do espetáculo diário de perversões disponíveis a todo cidadão. Agora esse mal seria de fato uma emanação de um cavalheiro com pernas de bode e rabo pontudo? Ou seria algo que brota de cada ser humano e o leva a fazer a coisa errada na hora errada? A fé deveria ser um estímulo para mantermos o bom-senso, e não para perdê-lo. Vemos isso em Provérbios 13:15: “O bom entendimento favorece” no Salmo 119:66: “Ensina-me bom juízo e ciência, pois cri nos teus mandamentos” e em muitos outros lugares da Bíblia. Portanto devemos aprender a não cair em nenhum dos dois extremos: De um lado pessoas culpam o diabo por tudo fazem dele um pop-star religioso. Do outro algumas pessoas parecem preferir ignorar que o mal existe no mundo e que afeta e influencia a vida das pessoas.
Tinhoso, uma ideia antiga
De cara devemos destacar que o diabo não é uma novidade da revelação cristã. Nem mesmo foi uma novidade da revelação judaica. A ideia de um ser naturalmente ruim, da personificação do mal é muito mais antiga e já estava presente no imaginário humano desde antes do Egito ser o Antigo Egito, quando o deus Seth, de figura adorada, foi transformado em um sem-vergonha maligno, fratricida e responsável por tudo de ruim que acontecia na regição do Nilo.
Praticamente todo sistema de crenças mais complexo, que deixava o status de lendas para tomar um corpo religioso trabalhou com a dualidade do criador versus o destruidor. Nem sempre esse destruidor era alguém mal, ou responsável pelo mal, ele simplesmente trazia a mudança que deveria existir para que houvesse a evolução. Afinal para contruirmos uma casa devemos limpar o terreno e para erguer o edifício, devemos derrubar a casa. Com o tempo e o desenvolvimento de uma filosofia mais avançada, o papel do destruidor passou por um processo interessante, e a destruição deixou de ser vista como mudança para se tornar algo mal. Esse é um processo lógico onde a evolução das pessoas passa a incluir um grupo que não deseja que as coisas mudem. Quando a meritocracia se torna uma “euquerocracia”, qualquer mudança faz com que pessoas que tem um certo status temam perder esse status, lembre-se que quando Jesus tentou nos lembrar desse fato, aqueles que não queriam perder o poder o pregaram em uma cruz, na frente dos amigos e famílias, debaixo do sol, depois de uma sessão de torturas e humilhação, a mudança só é vista como algo “mal” onde a corrupção e a ganância são a lei. E se existe o “mal” então, logicamente, seu oposto é “bem”. Assim vemos em todas as mitologias a tranformação de praticamente todo agente responsável pela mudança e pelo caos criativo em uma figura ruim, que deve ser combatida, e ela era naturalmente oposta a uma figura que se tornava a personificação do bem. Tiamat entre os babilonicos, Ahriman entre os persas e o próprio Seth, são exemplos óbvios.
Cada época tem o Diabo que merece
Claro que onde existe o mal, existem aqueles que prosperam com o mal. Sabemos que o medo faz as pessoas se moverem muito mais rápido que o bom senso, e assim colocar um monstro do mal atrás delas faz com que se impressionem mais e respondam de maneira muito mais emotiva a seus líderes. Conforme prosperava esta visão do mal, prosperava também não apenas a importância, mas a aparência do diabo, seu método de ação e seu império.
Os líderes da igreja medieval souberam explorar isso como ninguém antes deles, e imagem que nos chega hoje é a de Satanás, um ser vermelho, de chifres e rabo e pés de bode que carrega um tridente e tem um trono no inferno. Segundo a tradição judaico/cristã, este ser era originalmente um anjo criado por Deus chamado Lúcifer que por seu orgulho se rebelou contra o Altíssimo e como castigo foi expulso dos céus e se tornou o poderoso inimigo do Criador. Alguns teólogos mais ousados chegaram a descrever ainda toda uma hierarquia do exército de Satanás com seus nomes, postos e funções específicas para ofender Deus, tentar a humanidade e azucrinar a criação. Esta história não está na Bíblia, mas foi construída a partir de diversas passagens e se baseia na tradição popular e não na revelação.
O Diabo nas Escrituras
As escrituras sagradas realmente falam sobre o Diabo e “Satanás”. Jesus o chamou de homicida e mentiroso (João 8:44). No Apocalipse 12:9, o mais simbólico dos livros da Bíblia, o retrata como um dragão, representando sua natureza violenta e hostil. Em Zacarias (3:1-2) ele é descrito como opositor e em 1 Pedro 5:8 como um Leão que ruge procurando alguém para devorar. O Evangelho descreve como Cristo foi tentado pelo Diabo no deserto e Paulo nos exorta a todo momento dizendo que se resistirmos a ele, ele fugirá de nós. No antigo testamento a sua presença também é constante como vemos em Crônicas 21:1, Salmos 109:6 e em todo o livro de Jó. A primeira coisa que o estudante sincero percebe é que todas estas passagens, entre outras, falam muito mais sobre o caráter e traços de personalidade do diabo do que de sua origem e descrição individual, não sabemos quem é, ou de onde veio.
Mas a imagem do diabo começa a ficar ainda mais interessante quando ao invés de apenas lermos o trecho em que é citado passamos a ler todo o versículo, capítulo, ou de preferência livro em que aparece. Isso porque assim paramos de apenas tirar uma frase de contexto e passamos a ver seu valor integral. Quando fazemos isso algo surpreendente se torna evidente: o diabo é citado em contextos tão diferentes que passamos a pensar que somente muita autoridade, usada de forma facistamente abusiva pelos líderes e muito pouco questionamento feito pelos seus seguidores, poderiam fazer alguém imaginar que todo o texto bíblico sobre o Satanás se refere apenas a uma mesma figura.
Tudo o que realmente podemos concluir a respeito do coisa-ruim a partir destes versículos é que o diabo representa uma grande oposição não a Deus, mas à virtude, e que ele nos persegue e tenta nos derrotar moral e espiritualmente. Mas seria o Diabo realmente uma entidade eterna dedicada ao mal e ao sofrimento Para tentar responder a isso vamos ter que voltar um pouco no tempo.
Um Pouco de História para Compreender o Diabo
Lembre-se que as escrituras sagradas podem ser brandidas por qualquer um, e suas passagens podem ser repetidas por qualquer pessoa que saiba ler ou que tenha a capacidade de decorar o que ouve. Mas isso não torna ninguém o representante oficial de sua mensagem. Como já dissemos em nosso manifesto Jesus Freak, as escrituras são a mais alta autoridade cristã, portanto devemos nos esforçar para compreendê-las muito mais do que nos esforçamos para aceitar a forma que nossos ancestrais a compreenderam. Isso é importante porque a Bíblia possui uma força tremenda, afinal elas é a palavra de Deus, e essa força toca o coração de muitas pessoas de maneira assustadora. Mas a maneira como a Bíblia foi interpretada por nossos antepassados mostrava a maneira que eles tinham de enxergar aquilo que estava escrito, nos prender a essa visão deles apenas nos faz cair nos mesmos erros que cometiam. No tocante ao diabo isso é ainda mais verdadeiro.
Historicamente Satã não é um nome, é um adjetivo quer dizer “Adversário”, “Inimigo”. Com o tempo esse adjetivo se tornou um nome. Esse tipo de transformação é bem comum no estudo da origem das palavras. Que fã de fórmula 1 nunca ouviu o nome Schumacher? Talvez poucos tenham percebido que este sobrenome schumacher é a versão alemã de shoemaker, shoe significa “sapato”, maker significa “fabricante”. Assim uma antiga profissão, a dos sapateiros, acabou com o tempo se tornando um sobrenome. Da mesma forma Satã se tornou pela boca dos sacerdotes em um nome próprio. Da mesma forma o termo Diabo, de origem grega διάβολος , diabolos, também era originalmente uma descrição. Significava mais especificamente “agressor” .
O coração deste artigo é que estas palavras indicam uma classificação e não uma entidade única. E como adjetivos, estes títulos podem ser dados a muitos seres diferentes. De fato, é isso o que acontece na bíblia onde é atribuído não apenas a seres espirituais (Jó 1:2), mas também a seres humanos como o Rei da Babilônia (Isaías 14:12-14) e ao Rei de Tiro (Ezequiel 28:12-16). Durante todo o texto das escrituras isso fica claro, quando até mesmo Pedro, o apóstolo que criou a igreja, é chamado de Satã por ninguém menos do que Jesus: “Para trás de mim, satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.” (Mateus 16:23). Ou seja, dizer satanas ou diabo, não quer dizer “o príncipe do mal, uma entidade real que tem sombra e faz tchbum quando cai na água” e sim que naquele momento alguém se tornou um inimigo das virtudes. Portanto é algo que diz respeito a cada um de nós pessoalmente.
Sua mãe é o Capeta!
Então, se Satanás não é um ser do mal que vive o tempo todo preocupado em infernizar nossas vidas, Jesus nos dá uma clara definição do que ele é. Repetimos Mateus 16:23: “Que serve de escândalo (a Jesus), que não compreende as coisas que são de Deus, que só compreende as coisas que são dos homens.” Isso é verdade não só para Pedro, mas para todos os casos anteriormente citados, em cada um deles havia incompreensão que desencaminhava. No caso especifico de Pedro, Jesus o chamou de Satanás porque ele dizia para não haver crucificação. Mas se Jesus não fosse crucificado, não haveria a salvação universal e isso iria contra os plano de Deus.
Assim, Satanás é mais um cargo temporário do que alguém de verdade, ou seja um estado de espírito ou momento de fraqueza. Seja um anjo, um rei ou um mendigo, todo aquele que contraria os ditames divinos é o Diabo e geralmente faz isso para sua própria desgraça. O Diabo não é, portanto, a personificação do mal, mas alguém que, em algum momento, assume uma posição que vai contra aquela que o espírito diz que é certo. Todo mundo que já pisou no pé de alguém de propósito sabe do que nós estamos falando e que nón mesmos podemos ser esta personificação.
Note como os seguintes trechos fazem muito mais sentido quando entendemos que a palavra diabo está relacionada com ‘o mal’ e não com uma entidade. Em 1 João 3:8 temos: “Quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.” Ou seja, quem comete pecado é do mal; porque o mal existe desde o princípio e para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do mal. Da mesma forma em João 8:44 temos “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.”, ou seja quem quer satisfazer os desejos do mal, tem ele como pai, o mal mata e mente desde o início. Na época dos apóstolos essas palavras eram claras, mas infelizmente o termo foi tão adulterado pela tradição religiosa que passou a significar um anjo com asas de morcego e chifres na cabeça. Para sermos bem diretos: Não existe nem uma única justificativa honesta para as traduções modernas escreverem diabo e satanas com letra maiúscula, induzindo as pessoas a acreditarem que se trata de um ser com individualidade, que corre pela terra sussurrando no ouvido das pessoas. Para nos convencer disso, basta estudarmos as palavras originais da famosa oração do Pai-Nosso, no seu texto grego, termina com “livrai-nos do maligno” e que em português ficou como “livrai-nos do mal”. As palavras exatas se referem a quem quer que pratique o mal. Veja que ela não se refere ao diabo ou mesmo ao espírito do mal, que seria um indicativo de uma figura real.
Isso quer dizer que o diabo não existe? De forma alguma! Quem quer que diga o contrário ou não sabe o sentido original da palavra ou nunca viu um estupro seguido de morte nos telejornais. O real entendimento destes termos mostra que satanás existe sim, mas não tem nada haver com os filmes de terror. Isso quer dizer que até a sua mãe pode ser o Diabo. Ou você pode trabalhar com ele ou dormir ao seu lado. Na verdade você muito provavelmente fez isso, já que ser inimigo dos ditames do espírito e da virtude ainda é a postura mais comum e popular do mundo ao ponto de ser chamado nas escrituras de “Príncipe deste Mundo”, como quando Jesus reprova a pessoa de Judas em João 14:30. Qualquer pessoa que deixe o bem estar espiritual de lado por algum ganho material está se tornando Satanás ou o diabo. Assim o “agressor” e o “opositor” são reais sempre que você ou alguém agredir alguém ou se opor a alguma das virtudes nos reveladas por Deus. O Diabo então é tão real quanto você ou eu.
Isso significa que demônios não existem?
Claro que não. Cristo nos ensina, através de suas palavras e sua vida, que o mundo espiritual é real. Somos seres espirituais vestindo pijamas de carne. E espíritos podem agir sem um corpo, o próprio Jesus, depois de crucificado voltou como um espírito, isso fica claro na Bíblia quando as pessoas não o reconhecem (João 20:14), quando ele entra em cômodos atravessando as paredes (João 20:19). Qualquer espírito que busque desviar uma pessoa do caminho espiritual é satanás, veja que na bíblia fica claro que quando morremos nosso espírito não vai direto para o céu, permanece no mundo, esperando o momento do Julgamento Final, na Bíblia, encontramos 10 casos de ressurreição (1 Rs 17:20-22, 2 Rs 4:32-35, 2 Rs 13:20-21, Mc 5:21-43, Lc 7:11-15, Jo 11:1-45, Mt 27.52, At 9:36-40, At 20:9-12): 3 casos no Antigo Testamento e 7 casos no Novo Testamento, sendo que do total de dez, nove foram ressurreições individuais e um caso foi uma ressurreição coletiva. Além disso, dos dez casos de ressurreição, nove foram ressurreições na carne. Seria possível que esses espíritos estivem na presença de Deus e fossem arrancados dela para voltar à terra? Isso iria contra tudo o que Cristo pregava, mesmo agora que ele morreu por nós e nos fez santos, não vamos imediatamente para o céu como vemos em Mateus 27:52. Desta forma uma alma atormentada pode se tornar uma agressora, ou satanás, mas isso não implica que elas tenham um chefe que organiza a maldade que causam. Assim como espíritos agressores também são demônios e diabos.
Como lutar contra o diabo
Jesus esculachou o diabo em todas as oportunidades que teve. No deserto, nos possessos e em seus apóstolos. Mais do que isso deixou para nós instruções precisas de como lidar com estas situações. Ele instruiu que expulsássemos os demônios em seu nome (Marcos 16:17). Mas ao contrário do que os tele-evangelistas querem fazer parecer, Jesus não é uma palavra mágica. Em Atos 19:11-18 vemos que o uso do seu nome depende claramente do relacionamento entre a pessoa e o Senhor.
Para ser um bom exorcista é essencial reconhecer que a batalha entre o “bem” e o “mal” foi resolvida de uma vez por todas aos pés da cruz (I João 3:8). Ou seja, não importa quanto seu vizinho faça da sua vida um suplício, não importa quanto o trânsito esteja infernal, quando Jesus gritou na cruz “Está consumado”, ele quis dizer que sua missão estava cumprida e quando voltou mostrou que a até a morte foi vencida. Quando o último dia chegar, de trás para frente Deus irá trabalhar, e até o menor dos sofrimentos, para sempre, será convertido em uma alegria correspondente.
Portanto, caso perceba que está na presença de satanás não entre no jogo. Não erre por causa dos erros dos outros. Jesus foi simples e direto nesta questão: “E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno” Marcos 9:47. Não abra a mente para a raiva, mas para o perdão. Jesus diz em Lucas 6:37-38 diz “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” Julgar as pessoas por seus erros é errar o alvo, você acerta a pessoa e não o erro. A batalha do cristão não é contra a carne, mas contra a postura espiritual. (Efésios 6:10-12).
Acima de tudo não esqueça que o satanás não pode ser apenas seu chefe ou seu gerente do banco: Ele pode ser você! Não perca tempo combatendo o satanas que existe fora de você, deixando o lugar favorito dele desprotegido: a sua cabeça.
Pela imitação de Cristo podemos nos proteger desta influência sacana. Lembre-se de Lucas 6:42: “Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.” Antes de fazermos careta porque alguém pisou na merda e se apressar para dar conselhos ou criticar, devemos examinar nossos próprios sapatos.
A maior perda de tempo é tentar convencer que outras pessoas estão erradas e o melhor investimento é ilumina-las pelo próprio exemplo. Gandhi, que não era um apóstolo, mas era também muito iluminado e fã confesso do Sermão da Montanha, um dos maiores hits de Nosso Senhor, certa vez foi procurado por uma mãe que levou o filhinho consigo, e lhe pediu:
– Gandhi, este menino come muito açúcar. Já tentei de tudo e não consigo que ele pare com isso. Como ele gosta muito de você, com certeza irá obedecê-lo. Por favor, peça para que ele pare de comer açúcar!
Gandhi pediu àquela mãe que voltasse uns 15 dias depois.
Tempo decorrido a mãe o procura novamente e Gandhi olha o menino com bastante atenção e diz:
– Pare de comer açúcar!
O menino baixou a cabeça, mas fez sinal de que iria obedecê-lo. A mãe não entedeu nada daquilo e perguntou, super intrigada:
– Gandhi, por que você não falou isso há 15 dias atrás?
– É que, há 15 dias atrás, eu também comia açúcar!
E assim que devemos nos purificar de Satanás ao invés de apenas atirar pedras sobre ele, devemos “dar a outra face” em vez de nos vingarmos, perdoar em vez de julgar e sacrificarmos-nos quando necessário, cada pessoa que deixar de se tornar satanás exercitando as próprias virtudes cria um mundo com um satã a menos. Não seja motivo de escândalo tentando convencer as outras pessoas de nada. Se alguém acreditar fortemente na história dos anjos caídos mas isso fizer dela uma pessoa melhor, então ela está certa. Se acreditar que o diabo existe como um título de desgraça fizer dela alguém melhor, então ela está certa da mesma forma. E se acreditar que o diabo não existe em absoluto fizer ela ser uma pessoa melhor, então está certa de novo. Qualquer que seja a crença da pessoa, isso é secundário diante do bem que ela faz quando usa essa crença para acabar com aquele que busca nos desviar do caminho de Deus, nós mesmos. Não há duvidas quanto a isso depois da parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37). Mas se você achar que isso é impossível e que só uma forma de interagir com a realidade, não perca suas noites de sono por causa deste artigo, nem se preocupe em tentar demonstrar que ele está errado. Você está certo também.
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