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“Percussimus foedus cum Morte, et cum Infernum fecimus pactum”
– O Manual do Necromante, “Narcissus Necrosis”
Condenada pela Bíblia e pelo Alcorão, a palavra Necromancia à séculos basta para fazer arrepiar os pelos dos puritanos e inspirar autores de obras e contos de horror. Assim é a morte quando chega, ela não pode ser ignorada, ela não pode ser negada e seja com medo ou inspiração todo mundo dará sua resposta. O sentido original desta palavra vem do grego Nɛkrəmænsi e significa “a adivinhação pelos mortos” e sua prática é tão antiga que chega a se confundir com o próprio xamanismo. No ‘Manual de Necromancia‘, escrito por Damien Vorhees e artes de Igor “Floki” Klôh e Paula Rueda, você não vai encontrar apenas de formas de consultar aos mortos, mas todo um sistema magico completo baseado no contato com os mortos e com a própria energia da morte.
Damien Vorhees é relativamente novo, mas começou cedo e acumulou boa bagagem de conhecimentos que o tornou uma figura conhecida e respeitada no meio ocultista, em particular entre satanistas, luciferianos e adeptos do vampirismo. Publicando no Blog Arauto do Caos e também autor de mais dois livros, um de ficção Behind the Mask e outro sobre o Caminho da Mão Esquerda como um todo.
O projeto do Manual do Necromante não é mero produto editorial feito via revisão bibliográfica para atingir algum público algo, mas o resultado de dez anos de prática e dedicação do autor. O projeto nasceu antes que se soubesse que se tornaria um livro com a imersão do autor em um estudo sério nesse campo da arte magica. Apenas mais tarde estas práticas saíram do seu caderno pessoal e foram transformadas em um livro para maior divulgação.
O livro usa a famigerada imagem de Erichto de Tessália, a lendária bruxa necromante da literatura romana como fio norteador. A partir dela Damien Vorhees faz tanto um resgate do passado e da ancestralidade, recuperando práticas a muito condenadas e esquecidas como um avanço para o futuro mostrando como estas ideias podem ser trazidas para a época atual e colocadas em prática.
Suas 180 páginas tratam da magia e da manipulação das energias da Morte, bem como do desprendimento do corpo, organizadas em 5 divisões temáticas que se aprofundam tal qual o corpo decai: A Pele Pálida, o Rigor Mortiis, Os Ossos Brancos, o Sangue Escarlatino e, por fim, o Espírito Sombrio. Cada divisão contém 4 capítulos que apresentam desde os antecedentes históricos e mitológicos até instrumentos da Arte, Ritos, Preces e todo precedente para dar inicio na senda dos ossos. Neste itinerário não deixa de lidar com conceitos difíceis como Vampirismo, Ataque e Defesa Astral.
O Manual do Necromante vai, por fim, interessar tanto aos magistas com experiências como aos que estão começando agora. Os iniciantes encontrarão aqui uma boa base histórica, teórica e prática, além de desfazer uma série de mitos comuns ao tema. Já os mais experientes perceberão que um dos seus diferenciais é desvincular a necromancia de qualquer domínio religioso. Não se trata assim da necromancia hindu, quimbandeira ou romana, mas uma síntese que busca transcender todos eles. O sistema mágico proposto por Damien é todo ele baseado na NecroSophia, a sabedoria que vem pelo contato com a energia da Morte. Ele contem seus próprios simbolismos, materiais, entidades e razões de ser.
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