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O Satanismo é uma crença com uma herança filosófica e religiosa muito antiga mas que só foi oficialmente estabilizada em 1966 quando Anton Szandor LaVey anunciou ao público a criação da Igreja de Satã e se auto- proclamou sumo sacerdote, dedicando sua carreira e os próximos anos a exposição de seus princípios teóricos e práticos.
O Satanismo é o culto à Satã, mas definitivamente não pela perspectiva cristã de adoração cega e rituais abusivos. No Satanismo Satã é o arquétipo da grandeza, da rebelião, da liberdade e da evolução individual que faz do ser humano o seu próprio deus em contraposição ao antigo deus tirano que exige obediência cega, tal como convencionado pelas religiões de massa. Assim, o Satanismo é o modo de vida que tem como seu centro o Eu e não o ‘outro’, seja este ‘outro’ Deus, a Nação, o Partido, a Moda, ou o que quer que seja. Deste modo Satã identifica-se com o arquétipo do ‘Adversário’ e do ‘Inimigo’ destes sistemas escravocratas que exigem a submissão da natureza humana.
Os Satanistas advogam que o ego não deve somente aceito como amplamente aperfeiçoado. Assim contrasta fortemente com caminhos religiosos e sociais que defendem que o ego deve ser ignorado, diminuído ou combatido em prol da massificação e homogeneização de comportamento e crença. Isso não quer dizer que o Satanista seja contra as pessoas de outra religião, apenas significa que combaterá por sua liberdade de ser quem é, e expulsará de sua vida todos os padrões que tentarem diminuí-lo frente à importância de algum outro deus ou valor pré-estabelecido.
Por todos os séculos pessoas dedicaram suas vidas para uma infinidade diferente de deuses. Com algumas poucas exceções, a regra sempre foi que estas pessoas acabam se encontrando com aquilo que adoram. As que se dedicam ao deus do dinheiro conseguem dinheiro. As que se dedicam aos deuses da guerra conseguem batalhas. As que se dedicam ao deus da caridade conseguem mais caridade para fazer e as que se dedicam a um deus tribal que demanda adoração cega conseguem a inexistência de uma vida que passa como se nunca tivesse acontecido com o único objetivo de agradar a esse deus.O Satanismo ensina que é hora das pessoas viverem suas vidas para si mesmas.
Entendemos que só colocando a si mesmo no centro de sua vida alguém poderá cumprir o eterno chamado do “conhecer a si mesmo”. Isso exigirá que o Satanista “mate” todos os outros deuses e desenvolva um profundo auto- amor enfrentando desafios genuínos que o façam ir alem de seus limites físicos e mentais. Contudo conhecer a si mesmo é só o primeiro passo, o segundo, tão ou mais importante, consiste em “superar a si mesmo”. Há então uma constante transformação do indivíduo em um ser cada vez mais forte e poderoso completo e emancipado preparado para reinar neste mundo.
Esta não é uma tarefa fácil, o que torna o Satanismo um modo de vida estritamente elitista. É uma religião para fortes, não para os fracos, para os responsáveis e não para os covardes. Para estes segundos o Satanismo não guarda qualquer compaixão e ai se difere do humanismo clássico, porque não se preocupa com a humanidade enquanto grupo, mas sim com a pessoa enquanto individuo. Conceitos como ecologia, política, e “amor ao próximo” só terão seu lugar no Satanismo se fizerem sentido e trouxerem gratificação pessoal para o Satanista num nível em que ele achar adequado.
O caminho de Satã e o caminho da auto-amor e auto-superação que permite que o ser humano seja como é e torne-se o que quiser se tornar. É essencialmente uma celebração da individualidade e, como tal, cada Satanista desenvolverá esta forma de adoração a sua própria maneira, impulsionada pela vontade e pela responsabilidade de cada um.
Morbitvs Vividvs
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