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Sitra Achra

O Necronomicon – Panmagéia Infernal

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O Necronomicon, cujo título original é Al-Azif, teria sido escrito por volta do ano 730, por Abdul Al-Hazred, mais conhecido como o “árabe louco” do Iêmen. Uma segunda fonte atribui a H. P. Lovecraft, famoso escritor de novelas de terror, a sua autoria.

 

Este grimório introduz os Veneráveis Antigos, entidades vindas dos confins do Universo e que regeram a Terra originariamente, antes do aparecimento da espécie humana. Na verdade, há uma associação com os Esquecidos, que são as necessidades mais básicas de sobrevivência, como a fome e a necessidade sexual. Contudo, isto é apenas a minha teoria.

 

Neste grimório, a invocação é imediata, direta e frontal, como no ritual satânico, mas presume-se que o mago seja dotado de profunda consciência e poder, pois estaria trabalhando com forças extremamente aterradoras. Para se ter uma idéia, o filme Evil Dead teria sido inspirado nesta obra.

 

Há ordens que se baseiam exclusivamente no Necronomicon, e outras que estudam também esse grimório, concomitantemente. A Editora Anúbis verteu para o português, contudo a maior parte do livro não é dedicada à tradução, e sim a ameaças e advertências acerca do perigo da obra. Relata magos que passaram por problemas, como queima de laboratório, sombras percorrendo as paredes e outras coisas do gênero, que o simples contacto mesmo sem folheá-la é perigoso. Um deles teria sido o próprio Crowley. A melhor obra é da Ed. Simon, mas é necessário o domínio do idioma inglês.

 

Uma das peças mais ricas é o Chamado de Cthlhu, que numa tradução seria: “Não está morto quem jaz eternamente, pois, diante de realidades estranhas, até a morte pode morrer.”

 

Pessoalmente, já fiz algumas coisas pequenas do Necronomicon e pude observar, sem receio algum, que deu resultado imediato e poderoso. Então concluo que a crendice em torno destes “desastres” foi criada para amedrontar, possivelmente vindas da imaginação de apologistas da mão direita.

 

Algumas pessoas traçam círculos de proteção, antes de trabalhar estes tipos de rituais. Considero ser uma tremenda hipocrisia chamar uma força para lhe ajudar, e se esconder dentro de um círculo de proteção, tratando-a como inimiga. Magia não combina com covardia. Existe certo risco devido ao medo, que deve ser colocado para trabalhar a favor do mago, e não contra ele.

 

De qualquer modo, devido ao estilo, com uso de pedras em determinadas posições, o melhor, para a sua prática, é um  local isolado, como um sítio. Aí o mago medroso ficaria mais tranqüilo, sem o risco da sua casa pegar fogo, pelas bênçãos de um Venerável enfezado. Não se pode olvidar que o medo persistente sempre atrai o objeto que tememos.

Lord Ahriman


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