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Sitra Achra

Homenagem a Tchort (O Ritual) – Os Rituais Satânicos

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(A cerimônia é aberta com a purificação do ar e a bênção da câmara com o falo. O cálice é enchido, mas não bebido. Os Quatro Nomes Principais são invocados nos pontos cardeais, e então a Terceira Chave Enoquiana é recitada. O sacerdote [celebrante] se dirige ao altar, que deve ficar na posição de “Bast entronizada”, e dá início a sua invocação com os braços erguidos:)

CELEBRANTE:
Em nome dele que reina no firmamento do fogo e do gelo… surjam, vós servos de Tchort o Senhor! Cavalguem as nevascas cruzando as estepes e respondam ao nosso chamado! Meus lábios deleitam-se em Teu louvor, Óh Tchornibog! Eu sou uma criatura de Tua criação, descendente de Tua chama, desvario de Tua mente, portador da transição! Que cometas saúdem o advento de Tua chegada, quando nós, Teus filhos, aguardamos nas alturas de Triglav* os sinais de Tua vontade! As brasas incandescentes do antigo sacrifício dão origem aos espectros das sombras que vivem novamente como deuses do vinho e do prazer!

*Nome do monte que é o ponto mais alto da Eslovênia, cuja tradução é “três cabeças”.

(O celebrante abaixa os braços.)

CELEBRANTE:
Levantem-se e invoquem os Ossos! Os ossos que vivem sobre o Trono!
Slava, Slava yevo silye! Slava!
Kashchei! Kashchei! Homem imortal da loucura! Slava Tchortu!

PARTICIPANTES:
Kashchei! Kashchei! Slava Tchortu!

CELEBRANTE:
Eu invoco a Deusa que dança, com Pshent* de fogo. Seu desejo não conhece limites; esta é Sua noite para seduzir as congregações que postam-se em apreciação de Sua Luxúria!
Morena! Morena! Morena! Vyelikaya Mats! Noch eta nasha!

*Coroa do Egito unificado.

(A congregação faz uma metanea [breve curvatura com a mão direita abaixada ao chão], depois fica em pé. O sacerdote dirige-se ao altar e beija seu corpo, depois faz um sinal requisitando o turíbulo. Um dos acólitos entrega o turíbulo ao sacerdote, que primeiro incensa o altar, depois a congregação. Ele então devolve o turíbulo ao acólito e retoma sua invocação:)

CELEBRANTE:
Surja da garganta da noite! Voe em asas de couro e plane acima do cume da montanha. Lance Tuas sombras sobre a Terra em resposta ao nosso chamado!
Knyazyam Idut! Dorogu im!

Exaltação

Tchort! Slovye nye abeé myeny!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Balaam! Slovye nye sogliya dayémi!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Pyerun! Seela nye posti zneé maya!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Kors! Mudrostye nye domislí maya!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Dracula! Pravilnoye vos kyre syé niye!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Kashchei! Gospodstvo nye eez chét noye!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Iarilo! Tsarstvo nye pobye deé moye!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Sabazios! Krcpaste viso cháy shaya!

PARTICIPANTES:
(repetem)
CELEBRANTE:
Morena! Vlastye vyéch naya!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
Svarog! Vladichestvo Byeko nyéch noye!

PARTICIPANTES:
(repetem)

CELEBRANTE:
SLAVA TCHORTU!

PARTICIPANTES:
SLAVA TCHORTU!

(O sacerdote recebe o cálice, coloca-o em frente ao altar, o incensa, e o consagra com o mudrá da chama [pontas dos dedos juntas formando um triângulo voltado para cima]. Ele ergue o cálice em homenagem ao altar, bebe dele, e o devolve ao acólito.)

A Litania Menor do Desejo

CELEBRANTE:
Lembrando os buscadores do prazer, que, nas mãos da desnatural e pérfida virtude, pereceram, nós, Vossos irmãos, ardentemente desejamos:
Domínio sobre as abundantes terras abaixo do céu negro e acima das águas do mar!

PARTICIPANTES:
Groznoye Bozhe Tchornava ognia padai seela!

Terrível Senhor da Chama Negra, dá-nos poder!

CELEBRANTE:
Levantando torres e maciças cúpulas com muralhas de ferro e cortes de pedra!

PARTICIPANTES:
Groznoye Bozhe Tchornava ognia padai krepost!

Terrível Senhor da Chama Negra, dá-nos força!

(Um dos acólitos entrega o osso ao sacerdote que, levantando-o, volta-se à congregação:)

CELEBRANTE:
Tu constrói uma torre de força e poder, e nós, Teus irmãos, proclamamos Tu Senhor de todas as eras!
(O sacerdote volta-se para o altar, ainda segurando o osso no alto:)

CELEBRANTE:
SLAVA TCHORTU!

PARTICIPANTES:
SLAVA TCHORTU!

(O sacerdote devolve o osso ao acólito. O outro acólito incensa o sacerdote, que depois voltado para o altar recita:)

A Auto-Glorificação

Ponho-me a cavalgar sobre um impetuoso vento, através de céus opalescentes com destino ao brilhante lugar de meus desejos. Eu adentro mundos ocultos através de crateras na grande vastidão das estepes. Lá, abaixo das multidões servis, entre rodopiante flauta e trovejante tímpano, os prazeres da vida são meus para saborear. Lá, entre a lânguida canção de Rusalki, uma vida de luxúria é minha para ostentar; para recostar-me sozinho em devassa indolência em vermelhos halls de desregramento… pois eu sou um homem selvagem!

Vejo-me livre e reconheço minha dualidade. Minha mente regozija-se com a iluminação de Tua criação! Meus pés são como a base da montanha, firme e una com a casa do prazer. Meus olhos são como um pináculo que avista as multidões espalhadas de tolos que buscam por coisas celestiais; que curvam-se e sofrem por deuses fracos e doentes, o fruto dos homens de mente pequena, renunciando a vida terrena enquanto se arrastam para seus túmulos. Eu observo as grandes hordas que sufocam, como o peixe de Pedro tirado das doces águas do lago da vida. Perecer nas desonestas névoas do Paraíso será sua danação! O destino dos tolos é justiça!

Eu sou o tentador da vida que esconde-se em todo seio e ventre; uma vibrante e adormecida caverna, cheia de néctar, com os mais doces prazeres chamando.

Eu sou uma vara impelida com cabeça de ferro, atraindo para mim miríades de ninfas, cheias de desejo!

Eu sou desenfreado prazer carnal, fruto do êxtase insano!

Através do gelo cortado, meu pai olha lascivamente com olhos cavernosos, abaixo da Terra que está minha mãe, úmida e fértil prostituta de bárbaros deleites!

Meu corpo é um templo, onde todos os demônios habitam. Um panteão de carne eu sou!

(Um dos acólitos entrega o osso ao sacerdote, que o coloca entre as coxas do altar e faz uma metanea perante ele, seguido pela congregação. O braseiro é posto diante do altar.)

A Litania Maior do Desejo

CELEBRANTE: (de frente para o braseiro)
Óh Grandioso, ouça-nos agora enquanto pedimos Tua bênção:
Nos prazeres da carne e na tranquilidade da mente…

TODOS:
MANTENHA-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Em corajosa cobiça, desejando tudo o que possa ser possuído com dignidade e beleza…

TODOS:
MANTENHA-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Com orgulho por tudo o que fazemos, demonstramos, ou somos, o que nos separa dos tolos…

TODOS:
MANTENHA-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Riquezas ainda não encontradas por mentes ou mãos…

TODOS:
CONCEDE-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Sabedoria para ser semeada em campos que ostentem grande colheita…

TODOS:
CONCEDE-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Em tempo livre para a busca do prazer próprio, onde possamos evitar todas as coisas ligadas à vil necessidade…

TODOS:
MANTENHA-NOS, SENHOR NEGRO!

CELEBRANTE:
Pois Tu é um Senhor poderoso, Óh Tchort, e Teu é todo o poder, honra, e domínio. Faça com que nossas brilhantes visões transformem-se em realidade e nossas obras sejam duradouras. Pois nós somos espíritos semelhantes, demônios irmãos, filhos do prazer terreno, que em uníssono proclamamos:

QUE ASSIM SEJA! SLAVA TCHORTU!
(O sacerdote levanta os braços com os dedos abertos [incendi]:)

CELEBRANTE:
Insurjam, invoquem o Nome blasfemo
O Senhor da Sodomia, O Deus de Caim
Prazer à carne para todo o sempre!

OGON! TY TCHORTU OGONYOK! RAZGORAISA POSKOREI!

(O sacerdote esvazia o frasco de pó no braseiro, junto com uma batida do gongo, e brada:)

SABATAN!

(A congregação faz o sinal do afastamento [mão levantada, palma para a frente, protegendo os olhos] e responde:)

PARTICIPANTES:
SABATAN!

(O braseiro é retirado do altar. O sacerdote vira-se para o altar e, com as mãos levantadas, repete a Exaltação em voz baixa mas com grande convicção. A congregação permanece em silêncio. Depois o sacerdote retira o osso do altar e dá um passo atrás, deixando espaço suficiente para uma pessoa colocar-se entre ele e o altar. Cada um dos congregantes vai até o altar e curva-se. Ao levantar-se, cada congregante recebe a ponta do osso em sua testa, segurado pelo sacerdote que diz:)

CELEBRANTE:
Ya Tsyebyeh dayu padarok Tchorta. (Que a bênção de Tchort esteja com você.)

(Depois da congregação reagrupar-se, o sacerdote aponta o osso para o sigilo de Baphomet e, voltando-se para a congregação, diz:)

CELEBRANTE:
Não vos esquecei do que foi e irá ser!
Carne sem pecado, mundo sem fim!

(O sacerdote encerra a cerimônia de acordo com o procedimento padrão.)


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