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Sitra Achra

Das Tierdrama (O Ritual) – Os Rituais Satânicos

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(A cerimônia é iniciada de acordo com a sequência padrão. O lictor permanece à esquerda do altar de frente para ele, e o golpeador do gongo à direita do altar também voltado para ele. O sacerdote posta-se entre os dois também encarando o altar, e o iluminador atrás dele assim formando um diamante voltado para cima [ou, “coincidentemente”, uma cruz voltada para baixo]:

A

L       S       G

I

A Segunda Chave Enoquiana é recitada. O sacerdote bebe do cálice, mas não o esvazia. Além dos Príncipes, somente os Nomes Infernais que tenham contrapartes animais são chamados: Adramelech, Ahriman, Amon, Asmodeus, Azazel, Baalberith, Baphomet, Bast, Behemoth, Belzebu, Bile, Coyote, Damballa, Fenriz, Kali, Midgard, Pan, Sabazios, Sekhmet, Thoth e Typhon. Quando o sacerdote conclui a invocação preliminar, ele e seus assistentes dão alguns passos à frente e postam-se cada dois aos lados altar, voltando-se para a frente assim como este está. O invocador surge. Após olhar ao redor da clareira, ele permanece no centro dela e acena para o iluminador, que aproxima-se com sua luz. O invocador então chama os animais. Eles entram em fila única se o rito é realizado dentro de uma câmara, ou vão saindo aos poucos lentamente um de cada ponto onde estavam embrenhados na periferia da clareira. Cada participante deve portar-se como o animal que ele representa. O invocador dá início à Litania e o gongo é ouvido suavemente, como se estivesse chamando os animais assim como o invocador. Enquanto ele entoa as primeiras palavras, os animais aparecem, gradualmente reunindo-se ao redor dele.)

INVOCADOR:
Ich bin der Sprecher des Gesetzes. Hier sind alle, die neu sind um das Gesetz zu lernen. Ich stehe im Dunkeln und spreche das Gesetz. Kein entkommen! Grausam ist die Strafe für solche, the das Gesetz brechcn. Kein entkommen! Für jeden ist das Wollen schlecht. Was Du willst, wit wissen es nicht. Wir werden es wissen! Manche wollen den Dingen folgen, die sich bewegen aufpassen, schleichen, warten, springen um zu töten und zu beissen, beisse tief und reichlich, sauge das Blut. Manche wollen mit den Zähnen weinen und die Dinge mit den Händen aufwühlen und sich in die Erde hinein kuscheln. Manche klettern auf die Bäume, manche kratzen an den Gräben des Todes, manche kampfen mit der Stirn, den Füssen oder Klauen, manche beissen plätzlich zu ohne Veranlassung! Die Bestraffung ist streng und gewiss. Deswegen lerne das Gesetz. Sage die Wörter!… Sage die Wörter! Sage die Wörter!

Eu proclamo a Lei. Venham a mim todos os que a desconhecem, para aprender a Lei. Eu permaneço na escuridão e proclamo a Lei. Ninguém escapa! Cruéis são as punições daqueles que quebram a Lei. Ninguém escapa! A todo aquele cuja necessidade é má, o que você quer de nós, nós não sabemos, mas saberemos. Alguns precisam seguir coisas que se movem, espreitar e fugir, esperar e voltar, para matar e comer, para morder fundo e banquetearem-se, sugando o sangue! Alguns precisam cavar com dentes e patas escondendo o esterco, farejando a terra! Alguns escalam árvores, outros arranham os túmulos dos mortos; alguns lutam com a fronte, outros com as patas e garras; alguns atacam de repente sem dar aviso. A punição é cruel e certa, portanto aprendam a Lei. Digam as palavras! Aprendam a Lei. Digam as palavras! Digam as palavras!

INVOCADOR:
Nicht auf allen Vieren zu gehen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não andar de quatro: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht auf allen Vieren zu gehen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não andar de quatro: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Nicht die Rinde oder Bäume zu zerkratzen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não latir, ganir ou uivar, tampouco escalar árvores: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht die Rinde oder Bäume zu zerkratzen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não latir, ganir ou uivar, tampouco escalar árvores: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Nicht zu murren und zu brüllen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não rosnar nem rugir: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht zu murren und zu brüllen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não rosnar nem rugir: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Nicht unsere Fangzähne im Zorn zu zeigen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não mostrar nossos dentes em fúria: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht unsere Fangzähne im Zorn zu zeigen: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não mostrar nossos dentes em fúria: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Nicht unsere Zugehörigkeit zu zerstoren: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não destruir o que nos pertence: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht unsere Zugehörigkeit zu zerstoren: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não destruir o que nos pertence: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Nicht zu töten ohne zu denken: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não matar sem pensar: esta é a Lei. Nós não somos homens?

ANIMAIS:
Nicht zu töten ohne zu denken: das ist das Gesetz. Sind wir nicht Menschen?

Não matar sem pensar: esta é a Lei. Nós não somos homens?

INVOCADOR:
Der Mensch ist Gott.

O homem é Deus.

ANIMAIS:
Der Mensch ist Gott.

O homem é Deus.

INVOCADOR:
Wir sind Menschen.

Nós somos homens.

ANIMAIS:
Wir sind Menschen.

Nós somos homens.

INVOCADOR:
Wir sind Götter.

Nós somos Deuses.

ANIMAIS:
Wir sind Götter.

Nós somos Deuses.

INVOCADOR:
Gott ist der Mensch.

Deus é o homem.

ANIMAIS:
Gott ist der Mensch.

Deus é o homem.

INVOCADOR:
Sein ist das Haus des Schmerzes.

Dele é a casa da dor.

ANIMAIS:
Sein ist das Haus des Schmerzes.

Dele é a casa da dor.

INVOCADOR:
Sein ist die Hand die schafft.

Dele é a mão que cria.

ANIMAIS:
Sein ist die Hand die schafft.

Dele é a mão que cria.

INVOCADOR:
Sein ist die Hand die verletzt.

Dele é a mão que castiga e destrói.

ANIMAIS:
Sein ist die Hand die verletzt.

Dele é a mão que castiga e destrói.
INVOCADOR:
Sein ist die Hand die heilt.

Dele é a mão que cura.

ANIMAIS:
Sein ist die Hand die heilt.

Dele é a mão que cura.

INVOCADOR:
Sein ist der leuchtende Blitz.

Dele é o relâmpago que brilha. (N. do T.: Uma clara alusão à descoberta e domínio da energia elétrica.)

ANIMAIS:
Sein ist der leuchtende Blitz.

Dele é o relâmpago que brilha.

INVOCADOR:
Sein ist die tiefe See.

Dele são as profundezas do oceano.

ANIMAIS:
Sein ist die tiefe See.

Dele são as profundezas do oceano.

INVOCADOR:
Sein sind die Sterne and der Himmel.

Dele são as estrelas no céu. (E aqui, uma curiosa e talvez inconsciente afirmação “profética” confirmada pela posterior exploração espacial. Mas talvez isto não devesse ser muito surpreendente: reza a lenda que muitos dos Illuminati, apesar de engajarem-se em esdrúxulos rituais que para muitos podem parecer sem sentido, eram – pasmem – cientistas. Através da Ciência o homem de fato transformou-se em Deus realizando os mais impossíveis e inacreditáveis “milagres”. E esta lenta mas firme marcha rumo a onipotência divina só deu seus primeiros passos… Cabe ressaltar que a própria Magia também é, de fato, uma ciência.)

ANIMAIS:
Sein sind die Sterne and der Himmel.

Dele são as estrelas no céu.

INVOCADOR:
Sein sind die Gesetze des Landes.

Dele são os soberanos da terra.

ANIMAIS:
Sein sind die Gesetze des Landes.

Dele são os soberanos da terra.

INVOCADOR:
Sein ist der Ort genannt Himmel.

Dele é o lugar chamado Paraíso.

ANIMAIS:
Sein ist der Ort genannt Himmel.

Dele é o lugar chamado Paraíso.

INVOCADOR:
Sein ist der Ort genannt Hölle.

Dele é o lugar chamado Inferno.

ANIMAIS:
Sein ist der Ort genannt Hölle.

Dele é o lugar chamado Inferno.

INVOCADOR:
Sein ist was ist unseres.

Nosso é o que é Dele.

ANIMAIS:
Sein ist was ist unseres.

Nosso é o que é Dele.

INVOCADOR:
Er ist was wir sind.

Ele é o que nós somos.

ANIMAIS:
Er ist was wir sind.

Ele é o que nós somos.
(O invocador larga sua bengala e com um andar meio-animal meio-humano aproxima-se do altar, observando-o com grande admiração e cobiça, mas orgulhosamente demonstrando controle e respeito. O sacerdote oferece o cálice ao invocador, que o aceita erguendo-o em homenagem ao altar. O invocador bebe todo o conteúdo do cálice ruidosamente mas com grande solenidade, devolvendo-o vazio ao sacerdote. O invocador levanta os próprios braços para demonstrar sua cobiça, e delicadamente acaricia a carne do altar. Após isto, o invocador dá um passo atrás com grande reverência e o sacerdote lhe oferece a espada. Quando a besta [o invocador] aceita a espada, ela estuda sua simetria e brilho e depois agarrando-a com as duas patas a eleva para o alto. Os outros animais levantam os braços, alguns tentando fazer o Sinal dos Chifres.)

INVOCADOR:
Der Mensch ist Gott.

O homem é Deus.

ANIMAIS:
Der Mensch ist Gott.

O homem é Deus.

INVOCADOR:
Wir sind Menschen.

Nós somos homens.

ANIMAIS:
Wir sind Menschen.

Nós somos homens.

INVOCADOR:
Wir sind Götter.

Nós somos Deuses.

ANIMAIS:
Wir sind Götter.

Nós somos Deuses.

INVOCADOR:
Gott ist der Mensch.

Deus é o homem.

ANIMAIS:
Gott ist der Mensch.

Deus é o homem.

INVOCADOR:
HEIL, SATAN!

HAIL, SATAN!

TODOS:
HEIL, SATAN!

HAIL, SATAN!

(O invocador abaixa a espada e a devolve ao sacerdote. O invocador vai até a gaiola que deve conter um rato e liberta-o.)

INVOCADOR:
Meine Ezählung ist zu Ende. Dort läuft eine Maus; wir immer sie fängt, mag sicheine riesige Mütze aus ihrem Pelz rnachen.

Meu sermão está feito. Aqui corre um rato: quem o pegar pode fazer dele uma grande coroa.

(Após o rato ser solto, os animais ficam de quatro e contendo-se solenemente deixam a clareira. O invocador é o último a sair. Quando eles tiverem se retirado, de frente para o altar o sacerdote fecha o rito da maneira padrão.)

Hino a Satã

Autor: Giosuè Carducci

A ti, da criação
Princípio imenso
Matéria e espírito
Razão e senso

Enquanto no cálice
O vinho cintila
Como a alma
Na pupila

Enquanto sorriem
A terra e o sol em clamor
Vão trocando
Palavras de amor

E corre um arrepio
Do seu secreto abraço
Da montanha e planície
Brota vida no regaço;

A ti, desafiador
Verso ousado,
Invoco-te, Satã
Monarca do banquete anunciado

Coloca de parte o teu hissope
Padre, e as tuas litanias!
Não, padre, Satã
Não se retira das cercanias!

Vede! A ferrugem
Corrói de Miguel
A espada mística
E o fiel

Arcanjo, depenado
Cai na vasta imensidão
Relâmpagos jazem congelados
De Jeová na sua mão

Como meteoros pálidos,
Mundos extintos num momento,
Os anjos caem
Do firmamento

Na matéria
Que nunca dorme
Rei dos fenômenos
Monarca conforme

Satã vive só.
Mantendo-se seguro
No relampejo trêmulo
De um olho escuro,

Ou cuja languidez
Foge e persiste
Ardente e húmido
Provoca, insiste.

Que brilhe em cacho
E no sangue prazenteiro pingue,
Por quem a rápida
Alegria não se extingue,

Cuja efêmera
Vida preserva,
Que a dor prolonga
E o amor inspira e conserva

Respiras, Satã
Em versos meus
Irrompendo em mim
Um desafio ao deus

De perversos pontífices
E reis sanguinários;
Como um relâmpago tu
Chocas os seus imaginários.

Para ti Arimane,
Adonis, Astarte
Vive o mármore, a tela,
O pergaminho e a arte

Quando os jônicos arcos
De serena aura sem limite
São abençoados por Vênus
E Afrodite

Para ti do Líbano
Abana o arvoredo verdejante,
Da alma Cipriota
Ressuscitado amante:

Para ti danças e coros,
São dedicados com fervor,
A ti as virgens oferecem
O seu cândido amor,

Entre as perfumadas
Palmeiras dos Edomitas
Onde dos Cipriotas mares
A espuma fitas

Por que razão esse bárbaro
Do Nazareno
Fúria exacerbada
Do ritual obsceno

Com a sagrada tocha
Os teus templos incinera
E as tuas estátuas
Dispersa pela cratera?

Acolho-te, refugiado
No seio do lar
O povo zeloso
No seu domínio secular

Assim um feminino
Coração palpitante
Transbordante, férvido
Deus e amante,

A bruxa pálida
Do incessante questionamento
Dirige o seu socorro
À natureza em sofrimento

Tu, para o olhar fixo
Do alquimista
E para o desobediente
Mago à tua vista

Do claustro lânguido
Para além da sua portada,
Revela o brilho
De uma nova alvorada.

No deserto de Tebas
Onde em tudo tu resides
Fugindo, o monge infeliz
Se esconde dessas lides

Através da tua
Alma marcante e divisa,
Satã é benigno;
Eis Heloísa.

Flagelas-te sem propósito
No teu invólucro amargo e ácido:
Enquanto Satã te murmura versos
De Virgílio e Horácio

Por entre o lúgrebre hino
E o monocórdico lamento;
As formas divinas
São-te oferecidas em chamamento

Entre a horrível multidão negra
Um tom róseo gera,
Dado por Lycoris,
E por Glycera

Mas outras imagens
De uma época mais grandiosa
São mais apropriadas
A esta insonolenta cela preciosa

Satã, das páginas
De Lívio, conjura fervente
Tribunos, cônsules,
Multidão fremente

O perspicaz, e fantástico
Orgulho italiano pioneiro
Empala-te, ó monge
No Capitólio altaneiro

E a vós, que a furiosa
Pira destruir não conseguisse,
Vozes fatídicas,
Huss e Wycliffe

Aos ventos o grito
De aviso envias:
Uma nova era se inicia
Completa-se a espera dos dias

E já tremem
Mitra e coroa:
Dos claustros,
A rebelião ecoa,

Pregando a provocação
Sob a estola
De Girolamo
Savonarola

Assim como Martinho Lutero
Se livrou do seu hábito
Liberta-te das tuas grilhetas
Que tolham teu pensamento,

Com relâmpagos e trovões
Rodeado de chamas;
Matéria, ergue-te:
Satã venceu suas batalhas.

Um belo e horrível
Monstro se liberta,
Percorrendo os oceanos
Percorrendo a terra aberta:

Incandescente e fumegante
Como um vulcão à superfície,
Supera a montanha,
Devora a planície;

Sobrevoa o abismo;
Para depois se esconder do mundo
Em caverna incógnita,
Através de caminho profundo;

E regressa, indomável
De ponta a ponta
Como um furacão
O seu grito desponta

Como um furacão
Alastra o seu sopro terrífico:
Eis que passa, ó povo,
Satã o magnífico

Passa benemérito
De local em local
Na sua imparável
Carruagem de fogo infernal

Saúdo-te, Satã
Rebelião,
Força vingadora
Da razão!

A ti dedico os sagrados
Votos, incenso e dotes!
Conquistas-te o Jeová
Dos sacerdotes.


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