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Antes de entrar na descrição do ritual satânico, é mister esclarecer que não pode haver nenhum sentimento de culpa após a sua realização. A razão é muito simples: irá atrair uma carga perniciosa para si. Assim, se você fez um ritual de indulgência para favorecer um amigo e, depois, este se revelou desmerecedor da sua dádiva, não se arrependa, saiba que você o realizou num momento em que a situação era outra.
Em relação ao ritual de destruição, o autor aconselha sempre outras vias, como o ritual de banimento da situação (não da pessoa). Entrementes, há duas situações em que tal ritual é válido. A primeira é quando a pessoa tem plena certeza de que está sendo atacada magicamente: neste caso, é necessário destruir o agressor de imediato, pois, na próxima vez, poderá não haver mais chance alguma. A melhor defesa é sempre o ataque. A segunda é quando alguém lhe comete um ato tão infame, tão hediondo, que a sua consciência nunca ficará tranqüila sem dar a devida paga ao canalha. Nem sempre a justiça humana dá a satisfação adequada à vítima, então é do seu pleno direito solicitar a justiça cósmica. E, se o canalha vem a falecer, alegre-se com isto, não desmereça a sua mágica com o sentimento de culpa autoimposto. Por outro lado, já vi pessoas fazerem tais rituais por simples desavença ou mero capricho: tome por sério o que eu digo. Só os faça em último caso!
Após a realização de um ritual de destruição, quatro coisas podem acontecer. A primeira é não ocorrer nada, se o rito for mal feito ou a finalidade totalmente contrária ao cosmos. Depois, pode começar a ocorrer desgraça em cima de desgraça à vítima, inclusive o seu falecimento. Além disso, se a vítima possui uma forte proteção natural, nada acontecerá com ela, e sim com quem estiver próximo, como um parente. É como se fosse jogada uma torta na face de alguém e pegasse em quem está ao lado. Por fim, pode haver alteração completa do quadro psíquico entre o mago e a vítima, por exemplo, a vítima tornar-se amiga do mago, e não incomodá-lo mais. Neste último caso, a destruição foi do relacionamento pernicioso e construção de outro mais salutar.
No momento de fazerem os pedidos, imagens gráficas ou escritas, imaginação, sentimentos, desejo sexual, tudo pode ser utilizado, o mais importante é impregnar-se do maior realismo possível. Se for preciso, se o participante sentir-se mais à vontade, no momento do pedido, retira-se para um outro cômodo, afim de realizar melhor o seu intento. Como temos cinco sentidos, eles podem ser utilizados, em combinação ou não; use a sua criatividade, use a sua imaginação.
Conversar ou fumar durante um ritual não são permitidos, porque a atenção deve estar totalmente focalizada, tais expedientes só servem à dispersão e favorecem a falta de concentração. Todos os participantes devem estar de pé. Quando o sacerdote falar “Hail Satan!” e “Shemhamforash!”, os demais participantes repetem.
O participante saberá que realizou o ritual com perfeição, caso se sinta exausto imediatamente ao término do mesmo. Pouco tempo depois será invadido por uma sensação de alegria e bem-estar, com renovamento energético.
Lord Ahriman
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