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Todas as teorias do Fim do Mundo apresentadas até aqui mencionam um fenômeno cósmico como deflagrador da tragédia: a passagem de um corpo celeste nas proximidades da órbita terrestre ou mesmo a colisão de um astro com o planeta. Para alguns, funesto fenômeno natural, para outros, determinação de um plano divino, carma planetário. Todavia, não se pode excluir do rol das possibilidades um Fim do Mundo causado pelo próprio homem. Nesse caso, três alternativas são conjeturáveis: hecatombe químico-nuclear, pandemia [doença fatal, altamente contagiosa e incurável que se espalha pelo mundo] ou, ainda, uma combinação das duas anteriores.
A catástrofe nuclear não um delírio dos herdeiros de Hiroshima. Atualmente, existem no mundo governos, governantes e líderes políticos marginais insanos o suficiente para usar armas nucleares e armas químicas. No momento, a principal ameaça é o terrorismo dos muçulmanos radicais ou, melhor dizendo, fanáticos que se apóiam ou tentam justificar suas ações em argumentos religiosos. [Há profetas e profecias que descreveram visões do Vaticano dominado por bandeiras vermelhas ostentando a cruz e a estrela e é fato amplamente divulgado que os muçulmanos emigrantes e descendentes estão infernizando países europeus como a Holanda, por exemplo]. O episódio de 11 de setembro é suficiente para demonstrar até onde pode chegar este tipo de gente.
Uma vez atirada a primeira pedra, seja um míssil atômico ou mesmo um ataque ao Ocidente [ou a Israel, por exemplo] com armas químicas, o desenrolar dos fatos pode facilmente fugir do controle deflagrando uma guerra capaz de promover a destruição do mundo civilizado em curto período de tempo.
Uma pandemia também pode acabar com a Humanidade. Muito se tem falado na gripe aviária mas outros agentes patológicos, como o vírus do Ebola, são extremamente perigosos. Uma vez disseminados em escala global, posto que causam doenças fatais de rápida evolução e ainda sem cura, são potencialmente capazes de ceifar a vida de bilhões de seres humanos em pouco tempo, produzindo caos mundial pela súbita redução radical da população, comprometendo ou destruindo completamente setores vitais das engrenagens sociais como agricultura, indústria, comércio, transporte, comunicações etc.. Isto porque um enorme contingente da mão-de-obra que atua nestas áreas estará, simplesmente, morta!
A origem de uma pandemia como essa pode ser o aquecimento global, seja tal aquecimento causado pela ação do homem ou da Natureza. Afinal, o globo terrestre está sujeito aos ciclos de glaciação e degelo em diferentes proporções e de diferentes durações. nenhum cientista pode garantir que o aquecimento atual seja 100% culpa da Humanidade; pode ser um fenômeno natural.
Quanto a ação do homem, são bem conhecidas as possíveis razões do aquecimento: emissão de gases poluentes, dióxido de carbono produzido pela queima de combustíveis fósseis [petróleo, carvão] entre outros gases e até a flatulência dos rebanhos de carneiros neo-zelandezes já foi apontada como fator significativo no processo de redução [ou esburacamento] da camada de ozônio.
Mesmo os mais conservadores já admitem um crescimento da temperatura média global de 5º até 2100, com direito a um enorme desequilíbrio térmico entre as áreas continentais, áreas temperadas desertificadas e graves danos a diversos eco-sistemas, incluindo a extinção sistemáticas de diversas espécies que deles dependem. Nós inclusos.
Mas digamos que uma conscientização em larga escala seja possível, e consigamos evitar que o efeito estufa cobre seu preço. Ainda assim, teremos um gigantes desafio de não sufocarmos a nós mesmos pela superpopulação. Essa preocupação começou com Thomas Malthus, no século XIX, que previa que com o crescimento absurdo de nascimentos em prevê não haveria comida para todos. É verdade que ele não previu a revolução industrial para satisfazer a oferta, mas pouco depois de sua morte, no ano de 1850, a população humana chegou ao seu primeiro bilhão de pessoas. E desde então, os índices de crescimento tem batido recordes seguidos de multiplicação, estimando hoje que em 2050 seremos no mínimo um grupo de 10 bilhões.
Atualmente já ocupamos quase a totalidade da superfície terrestre, deixando meros 20% para florestas, rios e outros animais. Se ocuparmos todo o espaço, estaremos condenando a nós mesmo à destruição. Infelizmente, as conseqüências de um grupo tão grande não são apenas geográficas. Todos os recursos terão que ser multiplicados se quisermos evitar o colapso do sistema que criamos. Água será item de luxo e todo o lixo produzido terá que ir para algum lugar. Os sistemas de transporte, moradia, saúde e policiamento terão todos que ser reavaliados. E para completar, segundo o famoso cientista Stephen Hawking, a energia elétrica gerada terá que ser tanta para sustentar tanta gente, que literalmente poderemos superaquecer a superfície do nosso planeta.
Junte agora todos estes itens, com especial ênfase a superpopulação e o aquecimento global e começará a ter uma idéia do triste retrato de um futuro próximo. Isso porque a falta de planejamento familiar e o aquecimento global relacionam-se diretamente com o surgimento de doenças desconhecidas pois o aumento da temperatura, o calor, produz o que seria um despertar de microorganismos ─ e subseqüentes mutações─ causadores de moléstias fatais. Não é por acaso que o Ebola, até agora, tem se manifestado no coração da África, onde o calor e umidade associados configuram um ambiente muito adequado para o cozimento de miolos humanos. Meditemos… Combinando apocalipse químico-nuclear com aquecimento global obtém-se um cenário perfeito onde proliferam a morte, a doenças, mutações da raça, destruição. Cenário do Fim do Mundo.
por Ligia Cabús
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