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Toda religião, explicita ou implicitamente, tentou responder a questão: O que é a realidade? A maioria das teologias manteve que a realidade é definida pelos dogmas e regras do sacerdócio. Certos grandes filósofos orientais e alguns místicos sábios ocidentais entenderam que a realidade é uma brincadeira unificada, complexa e uma inumerável ilusão de todas as energias, que se glomeram e organizam entre estruturas transientes chamadas de matéria. E que, o que alguém acredita ser real simplesmente reflete a perspectiva relativista do espectador.
O Deus #6 é o neurologista. O Sexto Deus é o engenheiro neurológico, o cérebro reimprímivel que remonta às realidades neurais. A Sexta Habilidade de Deus é a psicofarmacologia para ligar e sintonizar o cérebro do alguém. Essas intimações pré-científicas da relatividade ontológica permaneceram místicas até os avanços neurológicos e farmacológicos do século XX. O cérebro, órgão até então visto como um tabu, acobertado por mistérios, era agora reconhecido como o assento da consciência, a ferramenta para fabricar a realidade. Nós realizamos que tudo que vivenciamos é computado pelo cérebro; que nós podemos ir além no universo ou aquém para estudar o núcleo do átomo apenas tão longínqua e precisamente quanto nossa inteligência neuro-receptiva, neuro-associativa e neuro-transmitiva permitir.
DEUS – O NEUROLOGISTA
Enquanto nós dependemos de nossos cérebros para saber, então inevitavelmente devemos definir o universo como um cérebro enorme. Cada risca de energia, estelar-galáctica ou nuclear-atômica, é vista como informação. O universo é uma rede de inteligência mediada pelo nosso cérebro. Quanto mais inteligentes nos tornamos, mais inteligente o universo se tornará. Quanto mais habilidades tivermos em manusear nossos cérebros — nossas ferramentas de realidade, mais habilidosos deveremos nos tornar em fabricar e manusear universos. Quanto mais inteligentes nos tornamos, mais inteligente torna-se Deus. Descobertas científicas recentes têm indicado o quanto “imprinting” cria a tábua de xadrez de nossas realidades e como o condicionamento mantém os jogos sociais, intelectuais, emocionais de sobrevivência indo e indo… A sugestão que humanos podem sistematicamente “reimprimir”, remontar suas realidades tem, pela primeira vez na história humana, elevado a inteligência de nossas espécies para o nível de auto-maestria e auto-controle, pelo indivíduo, de nossas próprias realidades neurais.
Timothy Leary
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