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Grau V – Iniciação ao Hermetismo

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O sábio Arquimedes disse uma vez: “Mostre-me um ponto no Universo a eu tirarei a Terra de seus eixos”. Só muito poucos sabem que essa frase contém um grande mistério oculto, que é justamente aquele da quarta dimensão. Na escola nós aprendemos que tudo possui uma forma; a pedra, a planta, o animal, o homem, enfim, todos os corpos têm um comprimento, uma largura a uma altura conhecidos.

Se imaginarmos um cruzamento duplo no meio de uma forma, como por exemplo uma esfera, então se produzirá um ponto no local da intersecção, o assim chamado ponto de profundidade. Foi nesse ponto que Arquimedes pensou ao formular a frase, pois trata-se tanto de um ponto de partida quanto de chega­da.

Ele é o núcleo de todas as formas. Do ponto de vista desse ponto, todas as formas são regularmente objetivas, por exemplo, encontram-­se em seu verdadeiro equilíbrio. É nisso que reside o segredo da quarta dimensão, portanto do conceito de tempo a de espaço, ou da ausência deles, a com isso também do mistério da magia em ambientes. Recomenda-se ao aluno que medite sobre isso, assim ele poderá alcançar profundidades insuspeitadas a adquirir uma grande intuição como recompensa. Dedicaremos a instrução mágica do espírito do quinto grau à magia em ambientes.

  • Instrução Mágica do Espírito (V)

Magia em Ambientes

Nos exercícios anteriores o aluno adquiriu uma certa capacidade de concentração a aprendeu a transpor a sua consciência ou a adaptá-la a qualquer forma. Com isso ele terá condições de enxergar mais longe a mais profundamente. As instruções do quinto grau nos mostrarão como transpor a consciência ao ponto central de uma for­ma qualquer, desde o menor átomo até o Universo mais amplo.

Através disso o aluno aprende não só a entender, assimilar a captar a forma a partir de seu ponto central, mas também a dominá-la. As capacidades que ele poderá adquirir através da assimilação dos exercícios que seguem têm um grande significado para a magia, pois só através deles ele será capaz de promover o equilíbrio espiritual. Esse equilíbrio espiritual é a característica específica básica do princípio do Akasha ou princípio primordial do espírito. Mas vamos agora voltar aos exercícios práticos.

Assuma sua posição costumeira. Coloque à sua frente alguns objetos maiores, eventualmente uma grande esfera, um dado, etc. No início, seria conveniente selecionar alguns objetos bem compactos.

Fixe um desses objetos por algum tempo, feche os olhos a transponha a sua consciência ao ponto de profundidade, portanto exatamente ao meio do objeto. Imagine-se a sinta-se no ponto central desse objeto. A transposição da consciência deve ser tão forte a ponto de fazer com que você se esqueça do próprio corpo.

Esse exercício é difícil, mas afinal, o treinamento é que cria o mestre! Ninguém deve assustar-se com os fracassos iniciais, mas deve continuar a praticar o exercício com perseverança. Como o homem só está acostumado a três dimensões, no começo surgem dificuldades que vão diminuindo a cada exercício; gradualmente nós vamos nos acostumando à concentração no ponto de profundidade de qualquer objeto. Ao conseguir realiza-lo por no mínimo cinco minutos, passe ao exercício seguinte. Depois de ser bem sucedido, vá escolhendo outros objetos, desta vez não simétricos.

A cada vez você terá de transpor a sua consciência ao meio do objeto a sentir-se tão pequeno quanto uma sementinha de papoula, ou mesmo um átomo. Depois de conseguir fazê-lo sem perturbações, passe a outro exercício, que consiste em assimilar a dimensão e a forma do objeto a partir de seu ponto de profundidade. Quanto menor você se imaginar ali a quanto mais á sua consciência encolher, tanto maior lhe deverá parecer o entorno ou a amplitude desse objeto. Para você, esse objeto escolhido deve ser todo um universo, a essa sensação deve ser mantida o máximo de tempo possível. Ao conseguir isso sem perturbações, tanto com um objeto simétrico quanto assimétrico, então passe para outro exercício.

O exercício anterior pode ser considerado como bem assimilado quando você tiver tido sucesso com cada um dos objetos igualmente. Depois de exercitar-se bastante na transposição ao ponto de profundidade você será capaz de olhar através de qualquer objeto a conhecer intuitivamente a sua estrutura material a espiritual. Ao mesmo tempo você também será capaz de influenciar qualquer objeto a partir desse ponto de profundidade, portanto do núcleo, carregá-lo magicamente e impregnar a sua esfera mental com um desejo. No quarto grau nós aprendemos a dominar isso através do represamento da energia vital de fora para dentro; esse grau nos ensina como fazer o mesmo de forma mais penetrante, por exemplo, de dentro para fora.

Um mago deve conseguir realizar a mesma coisa com animais a pessoas. Ele também deve ser capaz de faze-lo com aqueles objetos que não se encontram diretamente diante de seus olhos. Não há limites para a consciência, ela pode se transportar a qual­quer distância, por maior que seja. Ao chegar a esse ponto o aluno deverá passar aos exercícios seguintes, cuja finalidade é transpor a consciência ao.próprio corpo, Por exemplo, à quarta dimensão do corpo, ao pequeno universo ou microcosmo, portanto ao princípio do Akasha do próprio ser. A prática é a seguinte:

Sente-se tranqüilamente em sua posição habitual a feche os olhos. Transponha a sua consciência ao meio do seu corpo, isto é, à caixa torácica, onde está o coração, o assim chamado plexo solar. Você deverá sentir-se um simples pontinho, um grãozinho de átomo no ponto central de profundidade localizado entre a coluna vertebral externa e a caixa torácica anterior que envolve o coração. Esse ponto central é o ponto mais profundo do seu corpo. Tente permanecer lá, com a sua consciência por pelo menos cinco minutos; para controlar o tempo use um despertador. Partindo desse ponto, comece a observar o seu corpo. Quanto mais diminuto você se imaginar tanto maior e mais abrangente lhe parecerá o entorno de seu corpo, que se assemelhará a um grande universo. Nesse momento então, pense o seguinte: “Eu sou o ponto central de meu corpo, eu sou a energia determinante dele”.

As dificuldades iniciais não devem intimidar o aluno. No início talvez ele só consiga realizar o exercício por alguns segundos, mas com o treino constante esses segundos se transformarão em minutos. O aluno deverá ser capaz de manter a sua cons­ciência nesse ponto de profundidade por pelo menos cinco minutos.

Ao exercitar-se no quinto grau ele deverá conseguir transpor-se a esse ponto de profundidade em qualquer situação ou momento, por­tanto transpor-se ao princípio do Akasha, e a partir daí reconhecer tudo o que se refere ao seu ser a atuar nele por exemplo. Essa transposição da consciência ao próprio princípio do Akasha é o verdadeiro estado mágico de transe, que é o grau anterior à conexão com a consciência cósmica. A prática para essa conexão com a consciência cósmica será descrita num grau subseqüente.

O estado mágico de transe não deve ser confundido com aquele que é evocado pelos médiuns espíritas, caso se trate de uma mediunidade espiritual verdadeira. Na maioria das vezes é criada uma grande farsa para enganar os crédulos. Os verdadeiros médiuns espíritas induzem os seus estados de transe através da oração, do canto, ou de alguma meditação, ou mesmo inversamente através da passividade (vazio mental) do espírito, sobre a qual evocam um deslocamento espontâneo da consciência. Nesse esta­do torna-se possível a indução do corpo astral a do corpo material denso, por elementares, desencarnados a outros seres inferiores, a manifestações a comportamentos estranhos.

Do ponto de vista hermético essas experiências são encaradas como possessões, mesmo quando se tratam de seres de boa índole. Por exemplo: o verdadeiro mago não duvida desses fenômenos, quando são experiências espiritualistas autênticas, mas no máximo ele lamentará a sina desses intermediários-médiuns. O mago age de outra maneira, conectando-se aos seres conscientemente. Descreveremos mais detalhes sobre isso num capítulo especial.

  • Instrução Mágica do Alma (V)

As indicações práticas do quarto grau nos ensinaram a atrair os quatro elementos do Universo ao nosso corpo, represá-los no corpo inteiro a depois em cada parte dele individualmente, promovendo assim uma tensão dos elementos, ou melhor, uma dinâmica desses elementos. Devido a essa tensão, o corpo a cada exercício foi se tornando mais elástico a resistente à pressão sofrida. Esse grau nos leva mais adiante, ao nos ensinar a projetar os elementos para o exterior e a dominá-los, pois sem essa projeção externa o trabalho com a magia prática é impensável. Esse é o motivo porque, devemos nos empenhar bastante em dominar essa prática com maestria.

Projeção dos Elementos para o Exterior

a) através do próprio corpo e represados pelo plexo solar

Sente-se na posição habitual. Com ajuda da imaginação inspire o elemento fogo pelos pulmões a os poros para o corpo inteiro. Inspire esse elemento com sua característica de calor, para todo o corpo, a expire o ar vazio. Assim que o calor estiver contido com força em seu corpo todo e o elemento fogo estiver represado, deixe, através da imaginação, que o elemento flua do plexo solar a preencha todo o ambiente em que você se encontra. Ao esvaziar o elemento do corpo você deverá sentir que este se libertou completamente, a que o elemento antes represado espalhou-se pelo ambiente, de modo semelhante ao que foi feito na impregnação do ambiente com a energia vital.

Repita por algumas vezes esse esvaziamento a represamento do elemento, e a cada libertação de seu corpo represe-o cada vez mais no ambiente. Assim que você estiver livre do elemento, deverá sentir a perceber em seu próprio corpo o elemento represado no ambiente, a ponto deste até tornar-se aquecido. Depois de algum tempo de prática, o calor do ambiente não só será subjetivo, como existirá de fato; se uma pessoa iniciada ou não na magia entrar nesse local assim preenchido com o elemento, com certeza ela vai sentir esse calor. Um termômetro poderá nos provar se a nossa imaginação relativa ao fogo consegue materializá-lo a ponto de tornar real o calor do ambiente. O sucesso desse exercício depende da vontade a da força de imaginação plástica.

Porém nessa etapa ainda não teremos a possibilidade de produzir um calor físico que possa ser captado por um termômetro. Mas se um mago tiver bastante interesse em agir fenomenologicamente nessa direção, então, de posse das instruções pertinentes ele poderá especializar­se nisso, na medida em que passar a concentrar-se no exercício com esse elemento em particular. Mas o verdadeiro mago não se sentirá satisfeito só com um fenômeno tão pequeno, a com certeza vai preferir trabalhar em sua evolução, pois está convencido de que com o tempo poderá chegar bem mais longe.

O exercício da projeção no ambiente estará completo quando o mago sentir nitidamente o calor naquele local. Se for esse o caso, então ele deverá dissolver o elemento fogo represado devolvendo-o ao infinito, portanto ao Universo, a deixando-o fluir em todas as direções, em forma esférica.

Mesmo que o ambiente esteja carregado com o elemento, o mago poderá sair dele quando quiser, sem ter de dissolver esse elemento antes. Ele poderá também determinar o tempo de duração do elemento no ambiente, de modo semelhante à impregnação que vimos anteriormente. Toda ocorrência depende da sua vontade e da sua imaginação. Mas não é conveniente abandonar por muito tempo um ambiente represado com um determinado elemento, pois os seres elementares gostam de brincar nessa atmosfera, o que geralmente acontece às custas do mestre. Mais detalhes no capítulo referente ao trabalho com os espíritos elementares.

Devemos ainda lembrar que caso o mago esteja trabalhando ao ar livre, portanto num ambiente sem limites, então, com a ajuda da imaginação, ele deve delimitar um certo espaço de qualquer tamanho, à sua escolha. A imaginação não deve ter limites, em qualquer caso. Do mesmo modo que com o elemento fogo, você deverá realizar esse mesmo exercício com os outros três elementos, isto é, depois do fogo o ar, a água, a por último a terra.

A organização dos exercícios fica a critério do aluno, pois ela depende das suas possibilidades a da sua disponibilidade de tempo. Ele poderá represar um elemento num dia, outro elemento no dia seguinte, etc., ou então o primeiro elemento de manhã, o segundo à tarde, o terceiro à noite e o quarto na manhã seguinte. Os alunos que dispõem de bastante tempo a muita força de vontade poderão exercitar-se nos quatro elementos em seguida. Esses alunos darão grandes passos no domínio dos elementos, a ao dominá-los todos, poderão prosseguir em sua caminhada.

b) represados pelas mãos

O exercício anterior ensinou ao mago como represar exteriormente, no ambiente, o elemento inspirado através do plexo solar. No exercício seguinte ele aprenderá a deixar fluir ao ambiente o elemento previamente represado através da respiração pulmonar e pelos poros, não só pelo plexo solar mas também pela expiração através dos poros de todo o corpo, produzindo assim um represa­mento de elementos no ambiente. Isso deve ser exercitado da mesma forma com todos os outros elementos.

A dissolução no Universo, no infinito, ocorre do mesmo modo descrito no exercício anterior. Ao dominar totalmente esse exercício, o aluno poderá prosseguir, realizando esse exercício com as diversas partes do corpo. Na magia são normalmente usadas as mãos a os dedos, aos quais o aluno deve dedicar a máxima atenção.

Através da respiração pelos poros ele deverá represar o elemento em questão em uma das mãos ou em ambas, de tal maneira que, com um simples movimento, ele poderá instantaneamente jogar o elemento da mão ao ambiente escolhido, impregnando-o. Através da repetição constante dos exercícios nós nos tornaremos mestres nisso. O aluno deverá realizar a dominar esses exercícios com todos os elementos, a depois poderá seguir adiante.

Sente-se na sua posição habitual. Inspire o elemento fogo com a respiração pulmonar a dos poros de todo o corpo, represando-o no corpo inteiro até começar a sentir calor. Então imagine que o elemento fogo represado na caixa torácica, no plexo solar, forma uma esfera de fogo compacta, com um diâmetro de cerca de 10 a 20 cm.

Essa esfera compacta deve ser tão clara a incandescente, a ponto de parecer um sol brilhante. Então imagine que ela se liberta de seu envoltório solar a passa a flutuar livremente no espaço. Mesmo flutuando assim no espaço a esfera deve ser imaginada branca, incandescente, irradiando calor. Conserve essa imagem na mente o máximo que puder. Ao aproximar as mãos dessa esfera, você deverá sentir o calor irradiado. Termine o exercício com a dissolução lenta da esfera no Universo, ou até mesmo súbita, deixando-a explodir no nada. Ambas as possibilidades de­verão tornar-se corriqueiras para o mago. Do mesmo modo deve­mos proceder com o elemento ar, com o elemento água, a por último com o elemento terra. Para imaginar melhor o elemento ar, confira à esfera compactada a cor azul.

A água deverá ser mais fácil de imaginar; mas se for difícil para você, então tente imaginá-la, no início, como um pedaço de gelo esférico. Com certeza não será difícil imaginar o elemento terra como uma esfera de barro. Assim que você conseguir realizar a dominar esse exercício com todas as quatro esferas dos quatro elementos, tente realizá-lo, usando o mesmo método, em outras formas de elementos. No início escolha formas simples, como dados, cones, pirâmides, etc. O exercício pode ser considerado completo quando você conseguir adensar cada um dos elementos que foram represados em seu corpo, numa forma qualquer, projetando-a para o exterior.

Só quando o exercício anterior for dominado totalmente é que devemos passar para o seguinte, que descreve a projeção dos elementos diretamente do Universo.

Projeção Externa sem passar pelo Corpo

Sente-se na sua asana a respire tranqüilamente, sem esforço. Imagine-se atraindo o elemento fogo do espaço infinito, do Uni­verso, a preencha com ele o ambiente em que você mora. Imagine o Universo como uma esfera imensa, da qual você extrai o elemento de todos os lados, preenchendo com ele o ambiente ao redor.

Imagine que o elemento fogo é o mais etérico, o mais sutil da fonte primordial, a quanto mais você o aproxima de si, tanto mais denso, material a quente ele fica. Nesse exercício, você deverá sentir o calor em seu próprio corpo. Quanto mais o elemento comprimido for adensado no ambiente, tanto maior será o calor. Você deverá sentir-se como em um forno. Depois, dissolva esse elemento novamente no infinito, através da força de vontade a da imaginação.

Repita a mesma coisa com o elemento ar, que também deverá ser atraído de todos os lados do Universo esférico, para depois preencher o ambiente adensando-se nele.

Nesse exercício você deverá ter a sensação de flutuar num mar infinito de ar, totalmente livre de peso a da força da gravidade. Se esse exercício tiver sido bem realizado, você se sentirá, nesse ambiente assim preenchido, tão leve quanto um balão.

O elemento ar adensado deve ser dissolvido em sua substância primordial da mesma forma que o ele­mento fogo descrito no exercício anterior. Proceda da mesma for­ma com o elemento água. Imagine-se atraindo esse elemento de um oceano infinito, primeiro na forma de um vapor frio, que você irá adensando cada vez mais à medida em que for aproximando­-o de você a do ambiente.

Com esse vapor frio você deverá preencher todo o ambiente, imaginando-se no ponto central desse ele­mento aquoso imaginário. Você deverá ter a sensação de um frio gélido, que chega a provocar arrepios na pele de seu corpo material denso. Assim que sentir esse frio, você deverá transferir o elemento água novamente à sua forma primordial a deixá-lo fluir ao infinito.

Desse modo, como mago você será capaz de tomar o seu ambiente fresco a confortável em poucos minutos, mesmo no verão mais quente. Proceda da mesma forma com o elemento ter­ra. Puxe uma massa cinzenta do Universo, que, como o barro, vai se tomando cada vez mais marrom à medida em que desce, aproximando-se, de você. Preencha todo o ambiente densamente, com essa massa pesada. Com isso você deverá sentir o seu peso, assim como a sua força relativa e a pressão em seu próprio corpo. Depois de sentir o elemento terra em toda a sua potência, transponha-o novamente à sua substância primordial, como foi feito com os outros elementos.

Como podemos ver, nesse processo a extração e a materialização dos elementos dirige-se exatamente àquele local em que nós os concentramos, sem que o elemento com o qual estamos trabalhando no momento passe pelo corpo. Portanto, tudo acontece fora de nosso corpo. O mago deve dominar ambos os métodos perfeitamente, porque em alguns trabalhos mágicos ele precisa de um elemento materializado através de seu corpo, como por exemplo, na cura de doentes, na produção de espíritos serviçais a elementares; em outros casos ele precisa do elemento universal adensado, de forma direta. Dominando bem essa prática, ele estará apto a seguir adiante.

O exercício seguinte consiste em extrair um elemento do Universo, não para preencher um ambiente como no exercício anterior, mas para adensar uma determinada forma escolhida, similarmente ao que descrevemos naqueles exercícios em que foram adensadas formas do elemento no corpo (plexo solar) a fixadas fora do corpo como se flutuassem no ar. A diferença é que agora as formas não são mais criadas no corpo, mas sim diretamente no ar, onde passam a flutuar. Assim o mago deverá saber produzir uma esfera de fogo, uma de ar, uma de água a uma de terra.

Depois de conseguir isso sem dificuldades, ele deverá criar outras formas a partir dos elementos que flutuam à sua frente no ambiente, a depois de certo tempo deixar esses elementos fluírem nova­mente ao Universo. Mas ao fazê-lo, deverá sempre manter a nítida percepção da característica específica do elemento com que trabalha; deverá até conseguir com que um não-iniciado ou leigo sinta e veja o elemento em questão. Mas essas já são grandes conquistas, o resultado de um trabalho árduo nesse campo.

Finalmente, ao longo de sua evolução, o aluno deverá it se tornando capaz de adensar todos os elementos do Universo, comprimindo-os em qualquer forma desejada. É esse o objetivo do exercício que acabamos de apresentar. Nesse aspecto, os magos bem treinados conseguem adensar um elemento de tal forma que ele chega a se transformar numa energia material. Assim por exemplo, com o elemento fogo você poderá atear fogo em algo que estiver a uma enorme distância. No começo, experimente comprimir uma esfera de fogo diretamente com a imaginação, puxando-a do Universo sem deixá-la passar primeiro pelo corpo, até que ela se transforme numa esfera pequenina, quase uma fagulha incandescente.

Colo­que essa fagulha num chumaço de algodão embebido em material levemente inflamável como éter, gasolina ou álcool. Prepare da mesma maneira uma outra fagulha com o elemento ar a deixe ambas se tocarem; você verá o chumaço começar a queimar. Depois que o mago conseguiu realizar essa pequena proeza, deverá tentar fazê-lo com o pavio de uma vela normal a depois com uma lamparina de querosene. Não será difícil. Ele poderá também criar uma fagulha num copo de vidro ou numa garrafa, jogando neles depois uma fagulha de água rápida como um raio. Ao se tocarem ambos os elementos explodem, e o copo ou a garrafa se quebra em mil pedacinhos. O próprio mago poderá depois montar essas a outras brincadeiras semelhantes, pois já terá conhecimento e domínio das leis. Mas o verdadeiro mago não deve perder tempo com esses truques de magia; ele sabe que pode produzir fenômenos naturais através dos elementos, como raios, trovões, tempestades a chuvas, a também afastá-los, fixá-los ou transferi-los. To­das essas forças que aparecem ao homem normal como milagres são naturais para o mago, a fica a seu critério ocupar-se desses fenômenos ou seguir adiante em sua evolução mágica. Entre outras coisas ele sabe que os faquires do Oriente conseguem, só através do domínio dos elementos, realizar o autêntico milagre da mangueira, em que esta cresce da semente à árvore a finalmente produz frutos, tudo isso em uma hora somente.

O aluno tem a possibilidade de controlar também fisicamente o adensamento material de um elemento, na medida em que joga a forma adensada desse elemento num copo de água pura, ou melhor, destilada, repetindo a operação várias vezes. Ele perceberá que com o elemento fogo a água terá um gosto meio azedo, com o ar ele será meio adocicado, com a água o gosto será acre, a com a terra mofento. Esse processo pode até ser provado quimicamente, ao molharmos com essa água impregnada uma pequena tira de papel de tornassol. Numa impregnação fume a bem feita consta­taremos que com os elementos ativos, fogo a ar, ocorre uma reação ácida no papel, a com a água e a terra ocorre uma reação alcalina.

Quem não se lembra daquela passagem descrita pela Bíblia, as Bodas de Canaã, em que Cristo transforma a água em vinho? Só um grande iniciado como Cristo poderia ter realizado esse milagre; não através da influência dos elementos a partir do exterior, mas através do domínio do princípio do Akasha da água a ser transformada, de dentro para fora.

Com isso está concluído o item sobre o domínio dos elementos na Instrução Mágica da Alma, do Grau V Ninguém deve seguir adiante sem praticar exaustivamente todos os exercícios a tarefas. Todos os exercícios estão regularmente ordenados a seguem concatenados, pois um sempre depende do outro. Presumo que ninguém terá a idéia de realizar exercícios avulsos ou prender-se a métodos aleatórios, pois assim o desejado sucesso não ocorreria, e além disso o aluno poderia sofrer danos em sua saúde. Tudo isso deve ser considerado.

Mas quem conseguir assimilar bem um exercício atrás do outro, poderá seguir adiante com a consciência tranqüila, trabalhando em sua evolução mágica a todo vapor.

  • Instrução Mágica do Corpo (V)

Preparação para o Manuseio Passivo do Invisível

Nessa etapa eu apresento exercícios que possibilitam a relação passiva consciente com o invisível, do ponto de vista mágico. Os métodos têm alguma semelhança com os dos espíritas, mas como o próprio mago verá, ele não se transformará num instrumento sem vontade própria, como é o caso do médium espírita. O mago não deve ser um brinquedo de energias incontroláveis, mas pelo contrário, deverá induzir as suas energias conscientemente e aprender a usá-las também com consciência. Para isso ele levará em conta as leis do mundo invisível assim como as do mundo físico. Para a relação passiva com o invisível apresentamos primeiro os exercícios de levitação, que têm o objetivo de preparar qualquer parte do corpo magicamente a fim de que qualquer ser possa. se manifestar com a sua ajuda.

a) libertação da própria mão

Sente-se confortavelmente diante de uma mesa a coloque as duas mãos sobre ela. Faça um represamento de energia vital na mão direita a concentre-se, imaginando dominar a sua mão a os seus dedos só com a força de vontade, portanto não com os músculos. Depois deixe essa energia vital fluir novamente ao Universo através da imaginação, a comece com o exercício de levitação. Represe o elemento ar no dedo indicador da mão direita enquanto imagina que ele é tão leve quanto o ar. Depois, imagine que conseguirá erguer o dedo só com a sua vontade, enquanto a mão com os outros dedos permanece tranqüila a imóvel sobre a mesa. Você deve sentir que não são os músculos que erguem o dedo, mas sim a sua vontade. Tão logo o dedo tenha se erguido, deixe-o descer novamente, através da sua vontade. Se você deixar de se concentrar enquanto o dedo estiver no ar, então ele logo cairá. Podemos experimentar isso só para constatar se são os músculos ou a vontade que está agindo.

Depois de conseguir fazer o dedo indicador da mão direita levitar através da vontade, devemos proceder do mesmo modo com os outros dedos. O exercício de levitação estará concluído quando você conseguir erguer a abaixar todos os dedos da mão direita através da sua própria vontade. O procedimento é o mesmo para a mão esquerda a os seus respectivos dedos. Depois de conseguirmos isso poderemos tentar erguer toda a mão da mesma maneira, primeiro a direita a depois a esquerda, a se tiver­mos sucesso nisso também poderemos prosseguir erguendo todo o braço, não só da mão até o cotovelo, mas também até o ombro.

Podemos inclusive ampliar o exercício a erguer ambas as mãos simultaneamente. Se o mago conseguir extender esse exercício ao corpo todo, em pouco tempo ele será capaz de erguer o seu corpo inteiro no ar, usando a própria vontade. Poderá andar sobre a água sem afundar, viajar pelos ares junto com seu corpo, a muitas outras coisas. Mas para realizar todas essas façanhas ele teria que praticar esses exercícios durante muitos anos.

Os grandes iniciados conseguem facilmente realizar todos esses fenômenos sem ficar treinando por tantos anos, pois isso depende do grau de maturidade a de evolução mágica de cada um. Um mago evoluído não produzirá esses fenômenos sem um motivo importante a muito menos para satisfazer a curiosidade dos outros. Em nosso estágio de evolução nós nos satisfaremos só em movimentar as mãos a os dedos. Ao chegar a esse ponto passaremos a outro pequeno exercício preparatório, necessário para a relação passiva com o invisível, cuja prática é a seguinte:

Sente-se novamente junto a uma mesa, pousando as mãos sobre ela tranqüilamente. Então imagine, visualmente, que a mão direita espiritual se desliga da mão física. Coloque a mão psíquica ao lado da mão física ou deixe-a deslizar até os joelhos, através da mesa. Encare a mão espiritual que está à sua frente como a mão verdadeira. Na mão carnal forma-se um espaço livre mental que possui a forma externa da mão. Pense que essa mão carnal é inofensiva a encontra­se na quarta dimensão, no princípio do Akasha.

Ao conseguir fazer isso por alguns momentos volte novamente com a sua mão mental à mão carnal a encerre o exercício. Repita-o algumas vezes até conseguir exteriorizar a mão, da forma acima descrita, por no mínimo cinco minutos. Você poderá trabalhar dessa forma também com a outra mão. Depois de conseguir realizar isso com sucesso, estará preparado para assumir a relação passiva com o invisível.

Manuseio Passivo

Como podemos ver, esta preparação mágica é diferente daquela dos espíritas, que se comportam passivamente ao pegar um lápis a começar a escrever e a pintar. Se as comunicações que os espíritas chamam de escrita ou pintura mediúnica são realmente provenientes da quarta dimensão, ou como dizem, do além, ou mesmo só do inconsciente do médium em questão, é uma afirmação que deixaremos o mago julgar por si mesmo. Uma mão exteriorizada através do nosso método é realmente transposta à quarta dimensão a pode ser vista como um ser daquela esfera, que se serve dela a transmite mensagens ao nosso mundo material denso.

a) com o próprio espírito protetor

Depois de assimilar os exercícios descritos o aluno será capaz de se comunicar com os seres da quarta dimensão. O mago tentará, sobretudo, estabelecer a comunicação com o seu espírito protetor, o guia espiritual que lhe for mais próximo. Todo o aluno de magia sabe que desde o seu nascimento lhe foi destinado, pela Providência Divina, um ser que possui a missão de protegê-lo, estimulá-lo a inspirá-lo. Dependendo da evolução a do karma, esse guardião poderá ser alguém já falecido ou um ser ainda não encarnado nesse planeta, enfim, só uma inteligência. Ela cuida do bem estar espiritual do seu protegido, geralmente até a puberdade. Quanto mais madura intelectualmente for a pessoa, tanto menos atenção lhe dará o guia espiritual, principalmente aquelas pessoas que nem se lembram deles. O contacto vai se dissolvendo. Podemos dizer muita coisa sobre as hierarquias ou graus desses espíritos protetores assim como sobre suas ações, mas isso extrapolaria o âmbito desta obra.

O mago tem a possibilidade de se comunicar com o seu guia e através dele saber tudo o que quer a precisa saber. Ele deve ter a certeza de que caso tenha a intenção sincera de enobrecer seu cará­ter e trabalhar com afinco, interesse e persistência, então seu guia será o primeiro a tentar manifestar-se para ele. Portanto, o aluno deve empenhar-se sobretudo em estabelecer um contacto consciente com o seu espírito protetor. Eis a prática exigida para isso:

Pegue um pêndulo sidérico (ver Spiesberger, “Der Erfolgreicher Pendelpraktiker” = O usuário bem sucedido do pêndulo). Não precisa ser um pêndulo especial, basta ser um anel ou um objeto pequeno, ou num caso extremo um prego preso a um fio de seda. Enrole a extremidade do fio no dedo indicador, dando muitas voltas; o pêndulo oscilará livre no ar por cerca de 20 a 25 cm.

Sente-se confortavelmente junto a uma mesa colocando suas mãos sobre ela, a apoiando nela o cotovelo da mão que segura o pêndulo. Este começa a oscilar livre sobre o tampo cerca de 2 a 3 centímetros. O cotovelo continua apoiado, e a mão deve ser mantida no alto. A cerca de 5 ou 7 centímetros na lateral, ou atrás do pêndulo coloque um copo de água, um vaso ou qualquer outro objeto que emita um som. Assim que estiver tudo preparado, de acordo com essas indicações, exteriorize a sua mão mental separando-a daquela que segura o pêndulo a deixe-a pousar ao lado da mão carnal.

Então deixe-se levar por alguns momentos ao estado de transe, como ensinamos na instrução mental, transpondo sua consciência ao meio do umbigo; assim você passará à quarta dimensão. Nessa condição você poderá chamar o seu guia a pedir­lhe, em pensamento, que ele se expresse através de sua mão magicamente preparada. Fique tranqüilo a observe o pêndulo, pedindo ao guia que responda “não” com um toque do pêndulo sobre o copo, “talvez” com dois toques, a “sim” com três toques. Você ficará espantado ao ver o pêndulo começar a se mexer e a dar as respostas através dos toques solicitados. As pessoas mais sensíveis até notarão que a mão que segura o pêndulo é movida por uma outra mão, estranha a ela.

Talvez você também tenha a sensação de que a sua mão é só uma luva, dentro da qual há uma mão estranha que movimenta o pêndulo. Mas as outras pessoas podem nem perceber tudo isso a terem a sensação de que indiretamente o pensamento é dirigido pelo desejo a move os músculos da mão provocando os movimentos do pêndulo. Isso é totalmente individual a depende do dom de cada um. Caso a ligação com o guia espiritual não ocorra na primeira tentativa, não devemos desanimar com um eventual fracasso.

A perseverança sempre leva ao sucesso! Depois de algumas tentativas todos os alunos conseguirão efetuar essa ligação com o seu guia espiritual, ao qual poderemos depois fazer perguntas através do espírito, ou mesmo em voz alta, obtendo as respostas sim , não , e talvez . As perguntas deverão ser sobretudo relativas ao próprio guia, por exemplo, se ele está disposto a se manifestar, se ele já esteve encarnado nesse planeta, etc.

Depois de conseguirmos estabelecer esse contacto com o pêndulo podemos, ao invés de tocar no copo, utilizar um tabuleiro redondo. Este é uma placa circular dividida em campos distintos; em cada um desses campos está escrita uma letra do alfabeto, a no meio é deixado um pequeno espaço livre, circular, para se jogar.

O pêndulo indicará as letras, a através da soletração obteremos informações mais detalhadas de nosso guia. Depois de conseguirmos isso pode­mos montar um tabuleiro maior com o alfabeto inteiro, com todos os números, campos com as palavras SIM, NÃO a TALVEZ, além dos dias a das horas. No meio haverá um campo livre do qual poderemos partir. Nesse tabuleiro maior devemos abandonar o pêndulo e substituí-lo por um pequeno copo de licor.

Com tinta ou com uma caneta devemos desenhar uma seta no pé do copo, para servir de indicador. Devemos segurar a parte inferior do copinho entre os de­dos indicador a médio a deixar que a mão do guia movimente-o indicando alguma letra através da seta. Para que o copinho deslize mais facilmente podemos colocar o tabuleiro sob um vidro. O próprio aluno poderá depois criar esse a outros meios auxiliares; além disso poderá encontrar também diversas referências na literatura espírita (ver Roesermüller, “Die Praxis des Jenseitsverkehr” = A prática dos contatos com o além). Mas tudo isso são só meios auxiliares iniciais que poderão ser eliminados mais tarde.

Outro método consiste em pedir ao guia que erga o dedo indicador da mão magicamente preparada. Nesse caso ele deverá erguer o dedo uma vez se a resposta for “não”, duas vezes se for “talvez” a três vezes se for “sim”. Se tivermos sucesso nesse procedimento, podemos tentar fazer o mesmo com os outros dedos. Mas perceberemos que sempre haverá um dedo preferencial, que para um aluno poderá ser o indicador, para outro o dedo médio, e para outro ainda o dedo anular. Devemos sempre realizar o exercício com aquele dedo que funcione melhor para nós, o que dependerá da flexibilidade de cada um.

Para o mago esse método será bem vindo, pois assim a sua relação passiva com o mundo invisível, seja com o seu guia ou com um desencarnado, também poderá ser ativada em ocasiões em que ele não puder usar um lápis ou um tabuleiro, como por exemplo numa reunião social, na natureza, etc. Podemos até deixar a mão no bolso a obter respostas “sim” ou “não” até mesmo no meio do maior aglomerado de gente, principalmente quando já alcançamos uma certa presteza nisso.

Depois de dominar essa técnica, pode­mos passar à escrita mediúnica. O método é o seguinte:

Coloque uma folha de papel em branco à sua frente a pegue um lápis, segurando-o entre o polegar e o indicador como se fosse escrever normalmente. Introduza um anel de borracha não muito apertado nos dedos polegar, indicador a médio; esse anel você poderá fazer sozinho a partir de uma câmara de pneu de bicicleta ou uma mangueira flexível.

A finalidade do anel é fazer com que você não tenha que se concentrar especialmente no lápis que está segurando. Em seguida você deverá transpor-se ao transe, evocar o seu guia espiritual a preparar-lhe magicamente a mão direita do modo descrito, pedindo-lhe que escreva com a ajuda dessa mão. No início serão só alguns traços tortos, palavras ilegíveis, mas depois de algumas tentativas já aparecerão palavras inteiras a frases. Quando a folha de papel estiver preenchida devemos trocá-la por outra, já preparada anteriormente; desse modo podemos obter todas as respostas diretamente.

b) como os mortos e outros seres

Ao nos exercitarmos constantemente obteremos uma habilidade tal que a escrita mediúnica não nos trará mais nenhuma dificuldade. Desse modo podemos chamar parentes, conhecidos, membros da família já falecidos, estabelecendo contacto com eles à vontade. O mago verá que não existe um além ou um aquém; são só diferentes graus de densidade na quarta dimensão, em que se localizam os diversos seres. Para ele a morte não será o fim, mas só uma passagem à quarta dimensão. Finalmente quero observar ainda que existem vários tipos de escrita mediúnica, segundo a aptidão de cada um. Citarei alguns:

1. O método automático – mecânico. Nesse método a mão movimenta-se automaticamente sem que o mago saiba de antemão o que ele quer escrever ou o que o espírito em questão pretende escrever. Nesse caso também podem ocorrer comunicações em línguas estranhas, que o mago não conhece ou nunca ouviu. Podem até surgir imagens ou desenhos.

2. O método inspirador. É o método mais comum; nesse caso as comunicações parecem-se a um pensamento expresso oralmente, interna ou externamente à pessoa. Quase que já pressentimos o que o ser pretende escrever. Através da repetição freqüente, essa inspiração, na relação passiva, torna-se um pensamento e uma audição expressos. Então passamos a sentir as comunicações do fundo da alma ou exteriormente a nós mesmos.

3. O método intuitivo – no qual temos a sensação de que nós mesmos é que vamos escrever; as perguntas formuladas são imediatamente respondidas. Parece que nós mesmos já sabemos as respostas. É um tipo de conhecimento clarividente. A mão escreve conscientemente palavras a frases sem que tivéssemos ouvido algum som ou tivéssemos sido inspirados por algo.

Os métodos também podem surgir misturados, por exemplo, meio automático a meio inspirado ou intuitivo, ou então juntos, inspira­do a intuitivo. Só depois de muito tempo de exercício é que poderemos saber qual o método predominante. Quando é empregado correta a honestamente, qualquer método é bom a confiável. “O treinamento é que produz o mestre!”

Ainda gostaria de observar algo em relação às perguntas dirigidas aos seres a às comunicações que podemos obter deles: o mago jamais deverá vangloriar-se de seus exercícios ou de seus sucessos. Quanto mais ele se calar sobre o seu relacionamento com o invisível, tanto melhor para ele.

Além disso, ao escolher as perguntas devemos lembrar que se tratam de seres regidos por leis muito diferentes das nossas leis humanas, do plano físico; os seres que já viveram antes nessa terra estão desorientados, pois nosso plano físico é tridimensional, isto é, dependente do tempo a do espaço, o que não ocorre na esfera da quarta dimensão. Só os seres altamente evoluídos estão em condições de dar informações corre­tas sobre o tempo, os acontecimentos, o futuro, etc.

Por isso o mago deve perguntar aos seres algo sobre sua pátria, seu lar, e para seu próprio aprendizado obter respostas sobre a quarta dimensão. Mais tarde, quando o aluno tiver desenvolvido seus sentidos espirituais ele não precisará mais do relacionamento com o invisível, porque já terá condições de saber por si mesmo o que um ser poderia lhe dizer. O relacionamento passivo só deve servir para que a pessoa se convença da existência de outro mundo, que será visitado e habitado por todos depois do final da vida.

  • Resumo de todos os exercícios do grau v

I. INSTRUÇÃO MÁGICA DO ESPÍRITO:
Magia no ambiente.

II. INSTRUÇÃO MÁGICA DA ALMA:
Projeção dos elementos para o exterior:

a) Através do próprio corpo, represado pelo plexo solar.
b) Represado pelas mãos, a de forma bastante dinâmica pelos dedos.
c) Projeção externa, sem passar pelo corpo.

III. INSTRUÇÃO MÁGICA DO CORPO:
Preparação para o relacionamento passivo com o invisível: 

Libertação da própria mão. 

Relacionamento passivo: 
a) Com o próprio espírito protetor.
b) Com os mortos a outros seres.

Fim do quinto grau


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