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Das Superstições – História da Magia

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As superstições são formas religiosas que sobrevivem às idéias perdidas. Todas têm uma razão de ser, uma verdade que ninguém conhece mais ou que se transfigurou. A palavra, do latim superstes, significa “o que sobrevive” – são os restos materiais das ciências ou das opiniões antigas.

A multidão, sempre mais instintiva que pensante …dificilmente muda de hábitos. Quando se quer combater as superstições, ao povo parece que estão atacando a religião. Por isso, São Gregório, um dos maiores Papas da cristandade, não queria que suprimissem as práticas. Ele escreveu aos seus missionários:
“Purificai os templos mas não os destruam porque enquanto o povo vir subsistir seus antigos lugares de orações, para estes lugares ele vai se dirigir pelo hábito e assim conquistareis as pessoas mais facilmente para o culto ao verdadeiro Deus. Os bretões, fazem festins e sacrifícios em certos dias. Deixai-lhes os festins e suprimiremos somente os sacrifícios; deixai-lhes a alegria de suas festas, mas de pagãs que eram, tornar-se-ão cristãs.”

A religião [católico-cristã] guardou quase todos os nomes dos costumes piedosos que ela substituiu pelos santos mistérios. Os antigos celebravam todos os anos um banquete chamado “caristia”; para este banquete convidavam as almas de seus antepassados …a Eucaristia (missa), a substituiu as “carestias” e nós comungamos nas Páscoas com todos os nossos amigos da terra e do céu. Longe de favorecer por semelhantes processos as antigas superstições, o cristianismo restituía a alma e a vida aos sinais das crenças universais. A Magia, esta ciência da Natureza que se prende tão de perto à religião, visto que iniicia os homens nos segredos da divindade, a Magia vive ainda nos sinais hieroglíficos e nas tradições.

[Sobre alimentação, por exemplo] …Os magos abstinham-se da carne de certos animais e não bebiam sangue. Moisés diz que a alma dos animais se acha unida a eles e que não devemos nos alimentar das almas dos animais. Estas almas animais ficam no sangue como luz astral coagulada e corrompida tornando tal sangue origem de uma série de moléstias. Porfírio adverte: “Quando a alma de um animal é separada do corpo com violência, ela não se afasta e, como as almas humanas dos que morreram violentamente, a alma animal fica perto do corpo …ficam ali, retidas por simpatia”.

Crenças

Gregos e romanos acreditavam em presságios. Entre os romanos, especialmente, tudo era presságio …Se trovejava à esquerda ou à direita, o augúrio era auspicioso ou desgraçado. Os espirros eram presságios … Um calhau em que se tropeçava, o grito de um mocho, o ladrar de um cão, um vaso quebrado, uma mulher velha que vos olhava …Estes terrores vãos tinham por princípio a ciência mágica da adivinhação, que não despreza nenhum indício porque um fato de aparência irrelevante pode ser parte de uma série de outros fatos que, encadeados entre si, resultam em ocorrência relevante.

A tradição mágica romana ensina, por exemplo, que as influências atmosféricas que fazem os cães ladrar são mortais para certos doentes; que a presença e o giro dos corvos anunciam cadáveres abandonados, o que é sempre de sinistro augúrio até porque, os corvos são habituais frequentadores de lugares que abrigam morte e suplício. A passagem de certos pássaros anuncia invernos rigorosos; outros, por gritos lastimosos, dão sinal das tempestades. Os romanos eram também grandes observadores de sonhos e a arte de explicá-los relaciona-se à ciência [conhecimento] da luz astral. …O sonho é uma lembrança de imortalidade nesta morte de todas as noites que chamamos sono [porque durante o sono, não nos sentimos no mundo físico ordinário e, no entando, continuamos a sentir que existimos.]

Médiuns

Os médiuns são, em geral, seres doentes …que atraem a luz [astral] como os abismos atraem as águas dos turbilhões. …Estas naturezas …mal equilibradas, em que o corpo fluido é informe, projetam à distância sua força de atração e criam em si mesmos membros suplementares e fantásticos. …Poder-se-ia dizer que os médiuns são criaturas em que a morte luta visivelmente contra a vida.O mesmo se dá com os fascinadores, os lançadores de sorte, as pessoas que têm mau olhado e os feiticeiros. São vampiros, quer voluntários, quer involuntários. Eles atraem a vida que lhes falta e perturbam o equilíbrio da luz Se o fazem voluntariamente são malfeitores que é preciso punir; se o fazem involuntariamente, são doentes perigosos que as pessoas delicadas e nervosas devem evitar.


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