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Thelema

Uma crítica à egrégora thelemita

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Caso ainda seja válido e de bom-tom falar-se em cousas como “egrégora”, deve-se considerar que aquela thelêmica representa um dos maiores cânceres e lixões das cabeiras décadas.Suas filiação,formação fisiológica e alvos  enredam-se na mixórdia de tudo aquilo de baixo-curso, valetudinário e estilhaçado.

Herdeira duma concepção epistemológica universalizante típicamente fin de siècle,Thelema acredita-se,como mesmo mesmo a Filologia (Jones) e Filosofia(Schopenhauer) o fizeram em crepusculares momentos,as síntese e genealogia últimas no campo da Religião.Misturando de forma canhestra “Bhagavad Gita”,”Tao te Ching”, Maçonaria, Alquimia, Drogas, Teosofia, Pederastia, Nietzsche e sabe-se mais lá o quê,conseguiu Crowley criar um bizarro e enlouquecedor golem.

Meio caminho de tudo e próxima/originária a lugar nenhum, a “corrente 93” obteve um ideário fragmentado o qual,à guisa do infeliz e absurdo,anela-se como a postumeira sistemática do Sacro e Iniciático. Tal possível, decerto,só poderia gerar existenciais misturas travosas aos gostos refinados,como por exemplo:

  1. Associação da Vontade nietzschiana com a noção de verídico(“Verdadeira Vontade”).
  2. Religiosidade que anseia a belicosidade e destruição de fórmulas anosas/mumificadas,porém coroa em seu término as experiências cristológicas.
  3. Coloca,simultaneamente e no mesmo patamar,uma Teologia Positiva a outra Negativa,visando suprimir uma a priori distinção por método,no mínimo,esquizofrênico-doentio que só tende a paresia.

Portanto,inegável que a intensa experiência ritualística, psíquica e social num meio deste arranjo só poderia levar a acontecimentos como aqueles da vida de Charles Stansfield Jones(Frater Achad): Filiar-se a Igreja Católica Apostólica Romana visando “quebrar a religião osiriana de dentro”, errar desnudo pelas ruas,acreditar ser “Filho Mágico de Crowley” previsto por alguma profecia grandiloqüente e, cômputo cabeiro, renegar no memento mori[hora derradeira] aquilo tudo que o motivou a tais desvairadas atividades. Quiçá Frater Achad,desvele-se a exemplificação máxima,merencória e famigerada daquilo que um substrato palustre e generalizante pode empreender mesmo num espírito tão aquilino.

Entretanto, dando espaço para uma brutal epokhé [suspensão] daquele profeta que, sempre, dorme dentro de cada um de nós prestes a acordar e disseminar um pouco mais de miséria no Mundo, muitos textos de Achad toldam-se de contornos mais poéticos, primaveris e Estéticos. Num Mundo destituído de Deus, resta-nos somente a elegância.

R.C.Zarco

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