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Demônios e Anjos

Emoções e Demonologia

Leia em 19 minutos.

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1. Das Emoções

As emoções e sentimentos vivem independente do indivíduo, elas são externas a ele e o transcendem, tanto existencialmente (espaço) quando temporalmente (tempo).

A idéia proposta, como pode parecer à primeira vista, não é metafísica. No aspecto físico hoje se discute a existência de uma memória genética, onde informações de pais, avós, bisavós, etc… são passadas para o indivíduo quando ele se forma. Isso, de cara, nos diz algo interessante de cara: a mulher já nasce com seus ovários formados, seus óvulos já estão prontos desde o início de sua vida, o código genético deles está travado e a nãoo ser que sofram influência externa (química, radioativa, etc…) e sofram alguma mutação já tem a informação deles lá guardada, a memória genética deles não se alterará (* num parágrafo mais abaixo eu falo mais um pouco sobre isso mostrando que isto não significa que a memória genética dos óvulos não possam se desenvolver). Já o homem fabrica seus espermatozóides enquanto vive, ele constantemente os renova, por isso a sua memória genética pode se alterar constantemente, já que com uma
liberação de esperma constante daqui a uma semana os seus espermas serão outros e a informação deles será diferente dos que existem nele agora.

Essa memória genética pode ser comparada com os campos mórficos de Sheldrake, ela é baseada nas experiências passadas e acrescidas das atuais, ou seja ela é formada pela experiência do seu pai e da sua mãe e pela sua atual, a passada fixa e imutável, a sua se desenvolve conforme você vive e isso vai sendo impresso no seu esperma (garotos) ou acrescentando e moldando a impressa nos seus óvulos (garotas), por isso caso venha a ter um filho ou filha ele ou ela herdará essa
lembrança sua e de todo mundo que existiu antes de você.

Com a decodificação do genoma humano os cientistas chegaram a uma incrível descoberta, uma que muitas filosofias e crenças sempre afirmaram, que muitas correntes filosóficas e algumas psicológicas também afirmam: que o DNA não é importante como se pensava (quem pensava?) para a formação do Ser, que o meio tem uma influência muito grande sobre isso. Ora se um humano e um chimpanze compartilham mais de 80% de seus genes isso quer dizer que o que nos torna realmente
humanos é apenas 20% de nossa composição genética e matematicamente falando em um sistema o que são 20%?

Sendo assim acho seguro afirmarmos que enquanto vivemos o meio ambiente molda nossos genes, assim sendo os genes dos óvulos da mulher, apesar de já nascerem prontos ainda recebem informação e guardam essa informação.

As emoções são as nossas respostas a diversas situações mas elas não surgem apenas durante a situação elas existem antes da situação, elas causam mudanças em nosso organismo (liberam químicos, mudam nossa percepção, etc…) e depois que a situação passa elas simplesmente entram em estado dormente.

Com a memória genética podemos explicar o amor incondicional, o ódio incondicional e o descaso incondicional de diferentes sociedades perante certas situações ou certos símbolos (pessoas, lugares, e até mesmo outras emoções).

É por isso que quando falamos em relações com um irmão ou irmã nosso temos uma reação padrão, emoções semelhantes (quem gosta da idéia é visto como uma pessoa perturbada) e em outras sociedades isso é algo visto como natural e até necessário.

A sociedade existe independente do indivíduo, se 3.000.000 de paulistas morrerem ao mesmo tempo os valores da sociedade paulista não vão se aterar, as leis não vão se alterar e os costumes não irão se alterar, haverá apenas menos trânsito por alguns dias. As emoções existem da mesma forma, e elas são as responsáveis pela formação do preconceito que gera o racismo ou o favoritismo.

A escravidão não foi o resultado do racismo, foi o resultado do capitalismo, mas o racismo nasceu da escravidão. Até hoje a diferença  de cor causa impacto na sociedade, mesmo que as crianças de hoje não tenham vivido na época da escravidão herdam certos preconceitos de seus pais que os herdaram de seus pais, e assim o preconceito vive além da pessoa e é maior do que a pessoa, e o preconceito é apenas o estígio mental e intelectual de um grupo de emoções.

2. Das Energias

O cérebro humano é o lugar onde ocorrer um sem número de reações químicas, elétricas e magnéticas (e ainda outras), assim como o corpo humano. Essas energias podem ser captadas e influenciam no meio exterior à pessoa de forma discreta e sutil ou não. A radiação Gama é invisível a olho nú e mata, o que quer dizer que só porque não percebemos ou sentimos algo não quer dizer que não seja real ou que não tenha poder de influenciar.

As emoções são formadas e formam reações específicas, o medo tem uma assinatura própria no ser, um conjunto de alterações no organismo acontecem, o que cria um padrão elétrico/químico/orgânico muito preciso. Assim como o medo o desejo, o amor, o ódio, a indecisão e outros possuem cada um sua assinatura elétrica/química/orgânica que influenciam não só o indivíduo como aqueles que o cercam, é por isso que dificilmente uma pessoa consegue ficar indiferente perante outro
que está transbordando de ódio, é por isso que o pânico se espalha com tamanha facilidade, basta um grito mais alto no meio de uma confusão para tornar um grupo apreensivo em um bando desnorteado.

3. Da Transmissão

O organismo vivo é algo muito delicado, as influências mais sutis, como cores e odores, podem gerar alterações físicas. A influência de estados alterados de percepção causado por emoções despertadas por estímulos externos é fácil de ser natado, em uma experiência se colocaram um grupo de pessoas sem relógio ou qualquer aparelho que lhes permitissem medir o tempo e o colocou (o grupo) em uma sala inteira vermelha. O mesmo foi feito com uma sala azul. Ambos os grupos ficaram exatamente meia hora, depois quando interrogadas sobre o tempo que cada um achava que tinha ficado na sala as respostas eram unânimes: as pessoas da sala vermelha tinham certeza de que não havia se passado mais que 15 minutos, as da sala azul juravam ter esperado pelo menos uma hora.

Alterações mais graves foram notadas em pessoas expostas à cor violeta por muito tempo e se foi comprovado que essa exposição desenvolveu polineurite (inflamação de todas as terminações nervosas).

Cores são apenas diferentes frequências de um mesmo faxo de luz. A luz precisa de um gerador, algo que a gere e depois disso ela segue seu rumo indefinidademente até ser interrompida. O mesmo acontece com as emoções, elas uma vez geradas saem por ai até serem interrompidas, como uma emoção desperta outras emoções (o raiva em um desperta medo ou raiva, ou respeito em outro), uma sempre alimenta outras.

4. Da Magia

A magia trabalha com energias, se combinando uma série de energias internas ou externas, para que um fim seja alcançado. As energias externas surgem na forma de calor, luz, som, eletricidade e outras do gênero as energias internas são as emoções do mago, que são canalizadas através da vontade e da concentração.

Em diferentes crenças existem diferente intermediários entre o mago e as várias energias. Cada um desses emissários tem sua assinatura própria também, a ele são sempre dados atributos físicos, mas os atributos apenas nos remetem às emoções (pés de galinha, chicote na mão, três cabeças, asas, insetos, etc…), um exemplo disso é qualquer pintura de criaturas fantásticas da idade média e até contemporânea. Apesar da aparência impressionante essas craituras sempre foram melhor detalhadas quanto às suas qualidades, seu humor, seu modo de ser, o que gosta ou desgosta e como reagem a certas coisas sempre foi algo descrito com muito mais detalhe do que o físico.

Até hoje existem descrições que mostram como o anjo caído se tornou Satã e Lúcifer, ou então descrições que mostram que ambos sempre existiram independentes um do outro e tiveram origens diferentes, outras que dizem que são apenas diferentes aspectos da mesma entidade, mas sempre são claros que enquanto Satã é força e fúria e sede de vingança Lúcifer é mais diplomático, cordial e educado, embora sempre nos tentando ou tentando nos levar ao mau caminho.

Com a psicologia moderna surgiu uma crença em que esse tipo de entidade na verdade são apenas diferentes aspectos da psiquê humana, o próprio LaVey quando fundou a Igreja de Satã afirmava que demônios e anjos são como Deus e o Diabo, apenas criaturas fantásticas do imaginário religioso das pessoas. Ele dividiu o Self, a versão Satânica da Real Vontade, em quatro aspectos satânicos, cada um por sua vez tratando uma característica básica do indivíduo, Satã, Lúcifer, Belial e Leviatã.

5. Da Natureza

Imaginemos um tijolo. Através das diferentes áreas da ciência podemos ao observar um tijolo chegar à conclusão que ele não é real. Um tijolo não é pesado, essa ilusão é causada por causa da ação da gravidade sobre sua massa, se estivéssemos na lua era seria mais leve que uma pluma. Um tijolo não tem cor de barro queimado, ele absorve todas as cores e reflete as que combinadas dão esta impressão, logo um tijolo tem todoas as cores menos as que vemos. Um tijolo não é
sólido realmente, apenas acontece de seus átomos estarem muito mais juntos do que os átomos da água ou do monóxido de carbono. E indo mais além o tijolo não seria nem retangular, essa é apenas a resposta de nossos sentidos ao perceber um objeto, e como a única resposta real que temos é a nossa dizer que ele tem aquela forma nunca vai poder ser confirmado. Agora tente explicar isso tudo a uma pessoa que levou uma tijolada na cara.

Na teoria podemos chegar à conclusão que um tijolo é apenas uma holografia percebida e interpretada por nosso cérebro, mas na prática um tijolo é pesado, sólido, cor de terra e dói, não interessa o que pensemos ou deixemos de pensar, a natureza se comporta como se o tijolo existisse. O mesmo pode ser dito sobre os demônios e entidades. Mesmo que na teoria eles não existam (e o que realmente existe na teoria?) a natureza se comporta como se eles existissem. Em
lugares mais ‘supersticiosos’ as pessoas chegam a ter hábitos e costumes em torno destas criaturas, que mesmo não tendo obrigatóriamente um corpo físico existem e interagem com a natureza e com os indivíduos.


6. Da Convivência Com Demônios

Eles, assim como as emoções, existem há muito mais tempo do que nós, suas características, mesmo que constantemente revistas e reatribuídas, permanecem mais ou menos a mesma durante anos, é preciso que um número muito grande de pessoas mude sua crença para se notar a mudança de uma entidade dessas. O sonho de uma pessoa é apenas o sonho de uma pessoa, o sonho de várias pessoas é realidade (D.V.).

Um exemplo claro para se perceber isto é o mito do vampiro. No início, e sem nome ainda, o vampiro era apenas uma criatura que por um motivo ou outro voltava depois da morte, não era associado a beber sangue nem a matar, existem relatos antigos que falam de pessoas que haviam morrido e sido sepultadas e anos depois eram avistadas em outros povoados com famílias e uma nova vida. Por terem enganado a morte eram tido como anti naturais e temidos de maneira geral. Com a
literatura milênios mais tarde o vampiro se tornou uma criatura atormentada e amaldiçoada pelas trevas, com a ajuda do cristianismo foi associado ao demônio e ao anti cristianismo.

No final dos anos setenta e começo dos oitenta a figura mudou mais uma vez, tornando o vampiro uma pessoa como qualquer outra, apenas com um lado sobrenatural. O vampiro mudou do nobre estrangeiro para o seu vizinho, mas ainda ligado as trevas. Anne Rice, Vampire the Masquerade e outros transformaram ainda mais o mito, agora o vampiro era praticamente imortal, tirando a luz do dia nada mais o afeta. Um bando de gente entediada, imortal e superforte. Apesar de serem ultra sexuais e sempre passarem uma imagem de erotismo vivem se achando diferentes e sofrendo com isso. De criaturas imortais temidas passaram a ser um bando de chatos que ninguém atura (hehehe). Hoje ele não é mais temido e se tornou algo completamente comercial.

O mesmo acontece com demônios. Belphegor que sempre foi o demônio dos inventores e cientistas hoje é associado à tecnologia, até o Vaticano entrou na dança e nomeou Santo Expedito como o Santo da Internet. Os tempos mudam e com eles as pessoas, os demônios não ficam para trás.


7. Da Criação de Demônios

O conceito de egrégora é algo conhecido amplamente hoje. Um grupo mágico tem sua egrégora, eles a alimentam e dela tiram poder quando precisam, ela é criada através das emoções dos ou do participante, a vontade de cada um molda as emoções e lhes atribui uma forma, uma razão de ser. Com o tempo a egrégora se fortifica e se é possível que pessoas não ligadas ao grupo a percebam e sejam influenciadas por ela.

As pessoas são como uma lente multicolorida. A lente pega um facho de luz e através de celofanes manipulam esse facho para que ele ‘mude de cor’. As pessoas fazem o mesmo com as emoções, elas tranformam compaixão em pena, desgosto em raiva, tesão em paixão em amor, etc. Se moldando as emoções que nos cercam podemos criar padrões únicos, e com a repetição do padrão ele acaba se tornando algo indepentende e existindo por conta própria, como uma almofada de tanto se sentar nela ela toma a forma do nosso traseiro.

Como todo ser existente essa entidade precisa se alimentar para crescer e interagir com o meio para se desenvolver.


8. Do Controle de Demônios

Um demônio é uma padrão repetitivo independente. Ele é um vortex onde emoções, Vontades, desejos e intensões se encontram e reagem. Para se controlar tal entidade é preciso saber controlar cada uma de sua característica. A síndrome de Frankestein onde a criatura se volta contra o criador acontece com frequência por incompetência do  operador ou então pela vontade do mesmo de criar algo com o qual possa travar uma batalha, normalmente quando acontece o segundo caso
a pessoa está descontente com uma série de características, atitudes e qualidades próprias e projeta isso tudo em um ser, então quando ele está maduro e desenvolvido ele tenta combater tudo aquilo que não gosta em si exteriorizando. Tenha em mente que quando lutamos com nós mesmos não existe um vencedor, já que mesmo ganhando perdemos, a idéia é transcendermos aquilo que não agrada em nós mesmos não dar força a isso e então tentar vencer no braço a braço.

Ao se criar um demônio trabalhe sempre com as emoções e energias que está usando para dar origem ao ‘ser primeiro’. A única maneira de realmente fazer isso é experienciar tais emoções e tentar manter o controle sobre elas dentro de você mesmo. Se você conseguir controlar tudo o que está usando para alimentar a criatura não tem como perder o controle da situação. Através da interação ela pode desenvolver uma consciência própria, uma maneira de agir e reagir própria e isso exige uma capacidade de adaptação do operador. A pessoa precisa perceber as mudanças que estão ocorrendo na entidade e então se adaptar a elas.

Ao se lidar com uma entidade já existente tem que se ter em mente que o que está diante de você é algo muito mais antigo e complexo do que se pode imaginar. É importante um estudo do desenvolvimento da entidade para se saber que caminho ela percorreu e como é formada a personalidade atual dela. É necessário então ter o controle sobre as energias que a formam. Após um estudo sobre a personalidade e um controle sobre a sua essência vem a parte trabalhosa.

Você quer atravessar um rio, estuda sobre o rio para saber sobre suas correntes, para saber como ele se comporta e então aprende a nadar em uma área mais calma. De que adianta esse preparo se logo depois de sair da área de nado calma e sabendo tudo você simplesmente se atira no rio? Saber sobre a correnteza e saber nadar não quer dizer que você vai saber nada no meio de uma correnteza. Uma entidade já existente tem muito mais intensidade do que se pode supor ou
experenciar. Se a criatura existe no medo não adianta ter um domínio sobre o medo ‘caseiro’, a intensidade do medo em que a criatura vive é muito maior do que se pode supor, ao se experienciar isso a pessoa pode entrar em pânico e não sobreviver ao encontro, ou ao menos sair ilesa dele.

A única receita para o caso é nunca enfrentar algo maior do que você, vá aos poucos e conforme for crescendo corra atrás de coisas maiores.

9. Do Chamado

Diferentes culturas enxergam os demônios de diferentes maneiras. Aquelas que acreditam que são criaturas com corpos físicos e andam para cima e para baixo as enxergam realmente assim. As que acreditam que são apenas espíritos que nos inspiram interagem com elas nesse aspecto. A crença da pessoa molda o mundo ao seu redor, a sua crença nos demônios moldam a existência deles.

Isso quer dizer que eles existem indepentende do rótulo que recebem, o padrão emocional deles existe independente da reação social associada a eles. Se você acredita que um demônio é realmente um aspecto do nosso ser então você deve tratá-lo como tal. Se acredita que eles realmente existem em uma dimensão paralela trateos como tal.

Então para chamá-los basta se trabalhar com eles no aspecto aceito pela sociedade em que você vive, a manifestação deles vai sempre ser, desta forma, uma que você reconheça e compreenda. Hoje na nossa sociedade existem algumas versãoes mais aceitas sobre a existência dos demônios:

A) Cristã: Os demônios são realmente anjos que se rebelaram contra deus;

B) Demônios são espíritos desencarnados;

C) Demônios são apenas diferentes aspectos da psiquê humana.

A primeira coisa a se ter em mente é que se você acredita que demônios são anjos que se rebelaram não adianta querer tratá-los como um aspecto da psiquê que você não terá resultados satisfatórios. A sua crença será o filtro que permitirá você percebê-lo, abaixo  trataremos de cada um dos casos acima.

1- Os demônios Cristãos:

Para os cristãos os demônios foram anjos que se rebelaram contra Deus e como castigo foram atirados ao inferno onde vivem até hoje tentando levar os Homens ao pecado e assim evitar que sua alma vá para o céu. Essa crença é a mais difundida e acaba sendo a prodominante, outras criaturas folclóricas acabam sendo associadas ao demônio e tratadas como demònios por causa dela ao redor do mundo, principalmente no ocidente.

Para se interagir com essas criaturas basta seguir as evocações descritas em vários grimórios cristãos como é o caso do Grimório de Honório III.

“A Santa Cátedra Apostólica, à qual foram dadas as chaves do Reino dos Céus por estas palavras dirigidas a São Pedro por Jesus: ‘Dou a ti as Chaves do Reino dos Céus. A ti tão-somente concedo a capacidade de comandar o Príncipe das Trevas e os anjos que são seus servidores e que o obedecem com honra”. E nestas outras palavras de Jesus Cristo: ‘Adorarás o Senhor, teu Deus, e somente a Ele servirás’. Portanto, com a virtude dessas chaves o Chefe da Igreja tornou-se o
Chefe do Inferno.”

2- Demônios Espírtas

Para aqueles que acreditam que demônios são espíritos desencarnados a comunicação requer um intermediário entre o mundo espiritual e o mundo físico. Para a comunicação com este tipo de demônios o ritual mais indicado é o de invocação ao invés de evocação. Na evocação existe a manifestação exteriorizada do espírito, ele surge na frente do operador, pode ser na forma de uma aparição, com manifestações de voz, objetos se movendo, etc. na invocação o espírito é cabnalizado para o corpo do operador e tem um controle parcial do mesmo para interagir com a realidade.

As invocações podem ser desde as simples como o jogo do copo ou uma tábua de Ouija, onde o oporador altera seu estado de percepção, permitindo que uma entidade guie sua mão até as mais complexas onde existe o transe da personalidade da pessoa e a personalidade do espírito chamado assume assume.

A invocação tem a desvantagem de gradualmente o espírito ir se tornando familiar com o operador. O que impediria a tomada total da pessoa são defesas naturais na psiquê individual, que trata o espírito como corpo estranho e cria uma série de barreiras, com a repetição exaustiva da invocação a psiquê se acostuma com a presença e ela vai perdendo aos poucos o status de corpo estranho e com algum tempo pode começar a afetar a interação da pessoa, confundindio-a, atazanando-a e pode acabar enlouquecendo-a. Como essas defesas são naturais ao se realizar uma invocação é importante que a saúde física e mental da pessoa estejam boas, já que quando estamos estressados, cansados, deprimidos ou exaustos tanto fisicamente quanto mentalmente ficamos mais ‘influenciáveis’ pois essas defesas estão baixas.

3- Demônios Interiores

Se a crença é a que demônios são reflexos de nossa psiquê a maneira de entrar em contato com eles é trabalhando com as emoções que os constituem. É importante aqui se estudar sobre o back ground da entidade desejada para se saber exatamente com que parte sua você estará trabalhando. Lúcifer é o demônio da inveja, ele desafiou deus por querer ser igual a ele, é essa parte sua que você terá que trabalhar então para entrar em contato com ele. Belial é o rebelde, aquele sem chefe, senhor de sí mesmo, para se falar com ele são estes aspectos que tem que ser trabalhados. Apesar de os demônios terem muitos aspectos em comum e trabalharem basicamente com a mesma energia negativa (mantendo em mente aqui que negativa não está associada com boa ou ruim, prejudicial ou auxiliadora e sim com polaridades como num ímã) eles tem diferenças sutis, é por isso que o estudo sobre eles é importante.

Para se entrar em contato com o demônio então o melhor caminho é a introspecção. Através do relaxamento procure dentro de si as emoções que compões a entidade, se livre completamente das travas socialmente condicionadas a você, se esqueça de quem você é e passe a agir e a pensar com a assinatura mental e emocional do demônio desejado, solte a franga. Por ser uma atividade muito intensa a melhor maneira de se observar os resultados é se gravando ela com uma câmera ou um gravador, ou tendo-se um observador que depois relate tudo, se for esse o caso lembre essa pessoa que é muito importante ela relatar tudo como aconteceu e não tentar processar e digerir o que viu para passar um relato mais ‘lógico’ pois isso afeta e muito a resposta do ‘demônio’.

Assim como cada tipo de crença exige uma chamada diferente para cada demônio cada crença também egixe um diferente banimento. No primeiro caso há uma despedida por parte do mago, que dispensa o demônio e termina com uma prece a Jesus ou a Deus, no segundo caso deve haver uma imposição da psiquê do operador para expulsar o espírito invocado de dentro de sí e se deve seguir um período de descanso físico e mental para que as defesas pessoais se recomponham e evitem alguma surpresa desagradável. No último caso uma auto sugestão é o indicado, algo que o faça sair do estado em que se encontra e que te traga de volta ao seu estado normal, neste caso um descanso é também necessário e deve-se tomar cuidado para não cultivar demais um lado seu sem o preparo mental adequado, pois a pessoa corre o risco de desenvolver uma nova personalidade sobre a qual não tem controle e acabar causando a si mesma uma série de danos mentais que podem acabar se tornando irreparáveis.

Rev. Obito

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